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Na Web No BLOG AMBIENTE ACREANO

01 setembro 2008

URICURI, ARICURI, COQUINHO, ACURI

Nome científico: Attalea phalerata

A diversidade de nomes populares desta palmeira nativa denota sua ampla distribuição. Ela pode ser encontrada em todo o Acre, estando também distribuida no sul do Amazonas, região adjacente do Peru e Bolívia, e acompanha o 'arco do fogo', adentrando o Brasil Central em Mato Grosso, chegando até o Pará. Nestas áreas seu nome popular é acuri

Mas fica um alerta para quem pensa que esta espécie é fácil de ser identificada. Os frutos correspondem aos da Attalea phalerata, mas a planta de onde eles foram extraídos imita o jaci, que é uma espécie de palmeira diferente: Attalea butyracea.

Estamos convencido de que existe uma promiscuidade entre estas duas espécies. Em Rio Branco e adjacências os frutos do jaci não são comestíveis pois a polpa é seca e muito fibrosa, lembrando o fruto do babaçu, da qual ambas espécies são aparentadas.

Na medidad em que nos deslocamos em direção leste, os frutos de jaci passam a ser comestíveis. Isso é especialmente verdade em Sena Madureira. Por seu lado, os frutos de uricuri passam a ser mais fibrosos e secos, sendo pouco apreciados.

Esta hibridização entre espécies diferentes de palmeiras acreanas foi constatada por mim no igarapé Joaci, em Tarauacá. Lá existem tanto o jaci como o 'cocão' (Atallea tessmannii). E um seringueiro me mostrou uma palmeira que ele chamava de jaci-cocão pois era uma mistura das duas espécies.

Um outro exemplo clássico é o 'bacabã0', um híbrido entre a bacaca (Oenocarpus mapora) e o pataua (Oenocarpus bataua). Esta palmeira, embora rara, pode ser encontrada por todo o Acre.