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03 outubro 2008

ANGELIM VAI PARA O SEGUNDO TURNO?!? O LUCRO É DA FRENTE POPULAR

Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano

O pânico deve ter se instalado no QG de Angelim com a publicação da última rodada de pesquisa do IBOPE sobre as eleições para prefeito na cidade de Rio Branco.

Luzes amarelas de cautela já estavam acesas fazia algumas semanas. Avisos foram dados, inclusive neste Blog, sobre o grande risco dele ter que disputar o segundo turno da eleição em nossa cidade.

E aos que perguntam se num eventual segundo turno existe o risco do Angelim perder a eleição, digo com muita convicção: nenhum! Vai vencer qualquer que seja o adversário.

Pode parecer contraditório, mas sou da opiniãoque se o segundo turno vier a acontecer vai ser bom para a frente popular. Explico mais adiante.

E porque existe o risco do Angelim ir para o segundo turno?

Em primeiro lugar é preciso eximir a figura do atual prefeito, definido de forma justa e verdadeira pelo filósofo e teólogo José Mastrângelo como um "moço humilde e discreto, de boas maneiras, educado, respeitoso e simpático...sincero e honesto, um técnico competente com visão humana". Creio que poucos haverão de discordar desta definição sobre o Angelim.

Então como explicar a sua queda nas intenções de votos nesta eleição?

Em primeiro lugar temos que destacar a campanha fraquíssima do Angelim na mídia. Uma das mais fracas que vi nesses últimos anos. Aliás, fiquei com a nítida impressão que já vi essa mídia antes nas campanhas do Binho e do próprio Angelim em eleições passadas. Uma mesmice que não empolgou ninguém.

Outra questão foi a aparente falta de rumo e uma certa falta de cuidado dos estrategistas da campanha.

Como explicar o episódio da proposta da 4a. ponte quando todos sabem que a cidade é cheia de pontes problemáticas e uma muito importante, a do São Francisco, ainda está inacabada? E o erro que Angelim foi induzido a cometer por falha de sua assessoria quando falou naquela ponte construída pelo PMDB? Não deu outra: foi chamado de mentiroso pelos opositores.

Não tenho dúvidas que o fraco marketing é o maior responsável pela queda no Ibope do candidato da Frente Popular.

Não houveram fatos políticos ou qualquer outra coisa relevante que justifique a tendência de queda que se verificou nos seus índices de intenção de votos desde que a TV Acre divulgou, em 19 de agosto passado, a pesquisa do IBOPE (realizada entre 12 e 14/08) mostrando que 56% da população pretendia votar nele e agora, passados menos de 50 dias, outra pesquisa do mesmo IBOPE (realizada entre 29 e 30/09), indica que Angelim tem apenas 49% de intenções de votos. Enquanto isso seus adversários só sobem!

O que aconteceu nesse curto intervalo de tempo para a população estar 'abandonando' o Angelim?

Muita gente com quem tenho conversado pela cidade, eleitores fiéis da Frente Popular em pleitos passados, tem repetido que os que estão no poder precisam de um susto, de uma lição. E parece que ai reside o segredo da queda inexplicada de Angelim.

Felipe Cruz Mendonça, leitor do Blog do Altino comentou com muita precisão que "...o PT chegou a um estágio muito delicado no Acre. Definitivamente a soma dos poderes municipais, estaduais e federais não é a ideal para a democracia na qual estamos inseridos. O poder demais pode dar a impressão de cheque em branco aos governantes e de que a consulta as bases já não se faz mais necessária". E diz mais: "Ou o PT se reinventa no Acre, ou está próximo o dia que será derrotado nas urnas".

É isso. O problema está na figura de alguns membros da Frente Popular que se encastelaram no poder e, como crianças, se lambuzaram com as facilidades que o mesmo oferece. Eu, que não sou filiado ao PT, mas sempre votei em candidatos da Frente Popular, vejo um viés comportamental que não era tão descarado no passado: a arrogância.

Talvez a falta de pulso de quem está no comando da Frente tenha permitido arroubos como o cometido por forâneos como o marqueteiro Gilberto Braga, dono da Cia. de Selva, que afirmou, quase debochando do desejo dos acreanos de um plebiscito para decidir o fuso horário, que "quem quer plebiscito para mudança do fuso horário terá que passar mais 95 anos esperando".

Imaginem! Um pernambucano que chegou 'ontem' ao Acre ser alçado ao papel de porta-voz da mudança autoritária do fuso horário acreano e de forma arrogante ter a coragem de dizer 'na nossa cara' que se os acreanos quiserem que esperem 100 anos para fazer um plebiscito sobre a questão!?! Quem esse senhor acha que é? E quem está lhe dando apoio político para falar uma barbaridade dessa?

Foram fatos como esse, derivados do empoderamento excessivo, que estão fazendo muitos eleitores pensarem duas vezes antes de votar cegamente nos candidatos da Frente Popular.

Mas ir para o segundo turno na capital não é nada ruim para a Frente Popular. Vai servir para baixar a crista de alguns reizinhos, para uma reflexão coletiva , e, mais importante, uma 're-união' das diversas tendências que hoje acham que comandam as ações.

Para os potenciais candidatos da oposição ao Governo nas eleições de 2010 é importante se conscientizar que o segundo turno em Rio Branco vai consolidar ainda mais a imagem de Jorge, Tião ou Binho para 2010. A Frente Popular, mesmo com dificuldades sérias em alguns colégios eleitorais do interior, usou habilmente a campanha municipal de 2008 para largar na frente para a campanha de 2010.

Jorge, Tião e Binho suaram a camisa como nunca nesta campanha. Estiveram, como todos têm testemunhado, repetidas vezes em palanques na capital e no interior, diante de multidões nas reuniões políticas acontecidas nos diferentes rincões do Estado. Até parecia que eles eram candidatos a algum cargo.

Para que melhor palco? De outra maneira, como eles teriam tido a oportunidade de aparecer de forma massiva e diária no rádio, tv e imprensa escrita? E o segundo turno em Rio Branco, o colégio eleitoral que elege o governador do Estado, vai ser uma espécie de prêmio para eles. Sou mais afoito e chamo a campanha do segundo turno como um período de "hora extra" para o Jorge, Tião e Binho consolidarem seus nomes como opções reais para 2010.

E os possíveis candidatos da oposição? Onde estava e o que fizeram? Nada. Não tiveram essa chance porque seus partidos ou coligações não têm a dimensão e força da Frente Popular. Flaviano só pôde subir em palanques expressivo em Cruzeiro do Sul e Rio Branco. Bocalom não pôde abandonar sua campanha para desfilar em outras paragens. O mesmo se aplica a Petecão. Márcio Bittar? Pouco se viu e seu sucesso na campanha desse ano depende da vitória de sua candidata em Sena Madureira. E parece que seu prestígio não vai ser suficiente para garantir isso.

Deu para entender porque o segundo turno em Rio Branco é um lucro para a Frente Popular?

Foto: Altino Machado

1 Comments:

Blogger SENHORITA ALFACE CRESPA said...

OI, achei seu blog no google...achei q era sobre viagens...rsrsr!!Estava falando da sua viagem ao Peru, queria ler o post mas n achei...será q vc pode me dizer onde está p eu dar uma lidinha??Valeu!

04/10/2008, 17:03  

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