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07 novembro 2008

ATLETAS QUEIMAM MAIS CALORIAS ATÉ QUANDO ESTÃO DESCANSANDO

Pesquisa feita na Universidade Yale indica que atletas queimam mais calorias do que pessoas sedentárias até mesmo quando estão descansando

Calorias a menos sem fazer força

Agência FAPESP – Um novo estudo feito por pesquisadores da Universidade Yale, nos Estados Unidos, apontou que atletas apresentam metabolismo muscular mais acelerado mesmo durante períodos de descanso.

Ou seja, aqueles que passam por treinamento intensivo de resistência queimam calorias mais rapidamente do que indivíduos sedentários até quando não estão se exercitando.

O trabalho, conduzido por Gerald Shulman, do Departamento de Medicina Interna da Escola de Medicina de Yale, e colegas, será publicado esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas).

Na pesquisa foi usada espectroscopia de ressonância magnética para comparar as taxas de oxidação e de síntese de ATP (trifosfato de adenosina, molécula responsável por armazenar energia nas células) nos músculos da panturrilha de corredores de longa distância e de pessoas sedentárias durante períodos de repouso.

Embora a oxidação tenha se mostrado em média 54% maior nos atletas, as taxas de síntese de ATP durante o repouso se mostraram semelhantes nos dois grupos. A oxidação é o processo por meio do qual as mitocôndrias, organelas membranosas cuja principal função é a geração de energia por meio das moléculas de ATP, consomem material que será transformado em energia.

O resultado é que apesar de não produzirem mais energia nos momentos de inatividade, os atletas ainda assim queimam mais calorias. Segundo os pesquisadores, o estudo indica que os músculos dos atletas convertem constantemente mais energia em calor do que os de indivíduos sedentários.

Os autores apontam que o treinamento aeróbico intenso é capaz de reverter a resistência à insulina, um fator importante para o desenvolvimento de diabetes, por meio do aumento do consumo de glicose, da oxidação de gordura e do número de mitocôndrias.

Segundo eles, a nova pesquisa indica que a dissociação da oxidação e da produção de ATP pode representar uma outra forma por meio da qual o exercício aumenta a sensibilidade à insulina e a queima de calorias em excesso.

O artigo Increased substrate oxidation and mitochondrial uncoupling in skeletal muscle of endurance trained individuals, de Gerald Shulman e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da Pnas em www.pnas.org.

(Foto: divulgação)