TRANSTORNO DEPRESSIVO EM ADOLESCENTES
Para os pesquisadores, dois eventos revelaram-se particularmente de risco à expressão da depressão na adolescência: a separação dos pais e a experiência de violência física causada pela mãe
Renata Moehlecke
Agência Fiocruz de Notícia
Identificar fatores sócio-demográficos, familiares e individuais que podem potencializar o risco de desenvolvimento de sintomas depressivos na adolescência: este é o objetivo de um estudo feito por pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), do Instituto Fernandes Figueira (IFF) e do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec), três unidades da Fiocruz. A pesquisa avaliou 1.923 alunos, entre 11 e 19 anos, que cursavam da 7ª série do ensino fundamental ao 2° ano do ensino médio em 38 escolas públicas e privadas de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Os resultados revelaram que 10% dos jovens apresentam sintomatologia depressiva.
“A adolescência se revela particularmente importante para o estudo do transtorno depressivo, cuja prevalência é mais elevada nesse período da vida, chegando a 20%”, afirmam os pesquisadores em artigo publicado na revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz. “A proposta é a elucidação dos precursores, passíveis de prevenção e intervenção, mas pouco valorizados pelos profissionais que lidam com esses jovens. O conhecimento produzido pode incitar debates no campo da promoção da saúde, do tratamento e do encaminhamento dos adolescentes que necessitam de apoio, abrindo discussões políticas de saúde capazes de impedir e reduzir a ocorrência e recorrência de depressão em outras etapas da vida”.
A pesquisa também apontou que as meninas têm mais que o dobro de chances de apresentar esses sintomas do que os meninos, jovens com baixa auto-estima possuem 6,4 vezes mais chances e os insatisfeitos com sua vida, 3,2 vezes mais possibilidades. “Dois eventos revelaram-se particularmente de risco à expressão da depressão na adolescência: a separação dos pais e a experiência de violência física causada pela mãe”, comentam os pesquisadores. “Essas circunstâncias da vida são capazes de alterar o estado de bem-estar físico e mental, gerando muita insegurança”.
Os dados encontrados foram que adolescentes vítimas de violência severa cometida pela mãe (como chutes, mordidas, murros, espancamentos, ameaças ou uso de arma ou faca) mostraram ter 6,5 vezes mais possibilidades do que aqueles que não sofreram com esses males. “A separação dos pais também se revela importante, indicando que aqueles cujos pais se separaram têm 73% mais chances de apresentar sintomas depressivos do que aqueles que nunca passaram por essa experiência”, explicam os pesquisadores no artigo.
Renata Moehlecke
Agência Fiocruz de Notícia
Identificar fatores sócio-demográficos, familiares e individuais que podem potencializar o risco de desenvolvimento de sintomas depressivos na adolescência: este é o objetivo de um estudo feito por pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), do Instituto Fernandes Figueira (IFF) e do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec), três unidades da Fiocruz. A pesquisa avaliou 1.923 alunos, entre 11 e 19 anos, que cursavam da 7ª série do ensino fundamental ao 2° ano do ensino médio em 38 escolas públicas e privadas de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Os resultados revelaram que 10% dos jovens apresentam sintomatologia depressiva.
“A adolescência se revela particularmente importante para o estudo do transtorno depressivo, cuja prevalência é mais elevada nesse período da vida, chegando a 20%”, afirmam os pesquisadores em artigo publicado na revista Cadernos de Saúde Pública da Fiocruz. “A proposta é a elucidação dos precursores, passíveis de prevenção e intervenção, mas pouco valorizados pelos profissionais que lidam com esses jovens. O conhecimento produzido pode incitar debates no campo da promoção da saúde, do tratamento e do encaminhamento dos adolescentes que necessitam de apoio, abrindo discussões políticas de saúde capazes de impedir e reduzir a ocorrência e recorrência de depressão em outras etapas da vida”.
A pesquisa também apontou que as meninas têm mais que o dobro de chances de apresentar esses sintomas do que os meninos, jovens com baixa auto-estima possuem 6,4 vezes mais chances e os insatisfeitos com sua vida, 3,2 vezes mais possibilidades. “Dois eventos revelaram-se particularmente de risco à expressão da depressão na adolescência: a separação dos pais e a experiência de violência física causada pela mãe”, comentam os pesquisadores. “Essas circunstâncias da vida são capazes de alterar o estado de bem-estar físico e mental, gerando muita insegurança”.
Os dados encontrados foram que adolescentes vítimas de violência severa cometida pela mãe (como chutes, mordidas, murros, espancamentos, ameaças ou uso de arma ou faca) mostraram ter 6,5 vezes mais possibilidades do que aqueles que não sofreram com esses males. “A separação dos pais também se revela importante, indicando que aqueles cujos pais se separaram têm 73% mais chances de apresentar sintomas depressivos do que aqueles que nunca passaram por essa experiência”, explicam os pesquisadores no artigo.
3 Comments:
Este comentário foi removido pelo autor.
OI KATIANA, OBRIGADO PELA CORREÇÃO. OBRIGADO PELO LINK.
EVANDRO
Não por isso! ;)
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