PSDB PODE GARANTIR TIÃO VIANA NA PRESIDÊNCIA DO SENADO
DEM vai apoiar Sarney em troca dos cargos mais importantes do Senado. Em retaliação, PSDB decide apoiar PT e afirma que "espera receber" os cargos que lhe couberem pelo critério da proporcionalidade. Com eleição incerta, existe a possibilidade de Sarney abandonar a disputa no fim de semana
Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano
A disputa pela presidência do Senado deu uma guinada formidável no final da quinta-feira (29/01).
O PSDB, que o candidato do PMDB, senador José Sarney-AP, dava como certo estar ao seu lado resolveu apoiar o seu opositor, o candidato do PT, senador acreano Tião Viana.
As razões? A disputa velada pelos cargos mais importantes da casa, que aparentemente Sarney foi obrigado a dar ao partido dos Democratas-DEM em troca do voto de seus 14 senadores. Com isso, a eleição que parecia estar decidida em favor do candidato do PMDB ficou completamente indefinida.
Se os Senadores do DEM e do PSDB seguirem as orientações de seus respectivos partidos, na segunda (02/02), dia da eleição, Sarney entrará na disputa com 20 votos do PMDB e 14 do DEM, contra os 25 votos de Tião Viana, resultado da soma dos 12 votos do PT e 13 do PSDB. O primeiro necessitará de apenas 7 votos para vencer e o segundo 16.
Parece muito, mas política é um jogo que só se decide no último minuto, às vezes nos acréscimos. Até o entardecer de quinta (29/01), Sarney se considerava eleito e, segundo informou o Blogue do Noblat, além de estar ocupado com a elaboração de seu discurso de posse, já tinha pedido para polir a cadeira que achava conquistada.
Desistência de Sarney no final da semana?
Sarney só embarcou na campanha porque tinha certeza que ganharia no voto contando com o apoio do PMDB e da oposição, representada pelos senadores do DEM e do PSDB.
Agora, com a perspectiva de disputa real no plenário é possível até especular que Sarney venha a se retirar da disputa caso não consiga ter a certeza absoluta dos votos necessários para a sua eleição. Uma derrota nesta altura de sua trajetória política é algo que provavelmente ele não quer ver em seu extenso currículo.
Além disso, sob o ponto de vista de poder de barganha pelos votos que lhe faltam, sua situação é bem menos confortável do que a de Tião Viana, o candidato governista.
Sarney já deve ter distribuído a maioria dos cargos importantes do Senado entre o PMDB e o DEM. Sem cargos no executivo para barganhar votos dos senadores dos partidos nanicos, ele vai depender unicamente de conversas de pé de ouvido para angariar esses votos, coisa que não funciona no meio político.
Nesse ponto Tião está em clara vantagem, mas o tempo é curto para fazer as articulações e barganhas pelos votos que lhe faltam. Seu sucesso vai depender da interferência do presidente Lula.
Tudo pode acontecer nesses poucos dias que faltam para a eleição. Até mesmo uma mudança de posição do PSDB. Em política, já está provado, nunca se vence na véspera. Especialmente quando os votos são secretos, como acontecerá na segunda.
Na atual disputa pelo comando do Senado, o destaque tem sido a persistência de Tião Viana. Se tivesse desanimado e compactuado com a aparente apatia do palácio do Planalto, Sarney e seus apoiadores estariam comemorando a vitória antecipadamente.
Agora mal terão tempo de espernear em público se Lula decidir a eleição de seu gabinete, cooptando um ou outro senador ‘indeciso’. Muito menos cortar relações com o governo pois o PMDB ocupa alguns ministérios e um grande número de cargos menores.
Crédito da imagem: José Cruz/Agência Brasil
As razões? A disputa velada pelos cargos mais importantes da casa, que aparentemente Sarney foi obrigado a dar ao partido dos Democratas-DEM em troca do voto de seus 14 senadores. Com isso, a eleição que parecia estar decidida em favor do candidato do PMDB ficou completamente indefinida.
Se os Senadores do DEM e do PSDB seguirem as orientações de seus respectivos partidos, na segunda (02/02), dia da eleição, Sarney entrará na disputa com 20 votos do PMDB e 14 do DEM, contra os 25 votos de Tião Viana, resultado da soma dos 12 votos do PT e 13 do PSDB. O primeiro necessitará de apenas 7 votos para vencer e o segundo 16.
Parece muito, mas política é um jogo que só se decide no último minuto, às vezes nos acréscimos. Até o entardecer de quinta (29/01), Sarney se considerava eleito e, segundo informou o Blogue do Noblat, além de estar ocupado com a elaboração de seu discurso de posse, já tinha pedido para polir a cadeira que achava conquistada.
Desistência de Sarney no final da semana?
Sarney só embarcou na campanha porque tinha certeza que ganharia no voto contando com o apoio do PMDB e da oposição, representada pelos senadores do DEM e do PSDB.
Agora, com a perspectiva de disputa real no plenário é possível até especular que Sarney venha a se retirar da disputa caso não consiga ter a certeza absoluta dos votos necessários para a sua eleição. Uma derrota nesta altura de sua trajetória política é algo que provavelmente ele não quer ver em seu extenso currículo.
Além disso, sob o ponto de vista de poder de barganha pelos votos que lhe faltam, sua situação é bem menos confortável do que a de Tião Viana, o candidato governista.
Sarney já deve ter distribuído a maioria dos cargos importantes do Senado entre o PMDB e o DEM. Sem cargos no executivo para barganhar votos dos senadores dos partidos nanicos, ele vai depender unicamente de conversas de pé de ouvido para angariar esses votos, coisa que não funciona no meio político.
Nesse ponto Tião está em clara vantagem, mas o tempo é curto para fazer as articulações e barganhas pelos votos que lhe faltam. Seu sucesso vai depender da interferência do presidente Lula.
Tudo pode acontecer nesses poucos dias que faltam para a eleição. Até mesmo uma mudança de posição do PSDB. Em política, já está provado, nunca se vence na véspera. Especialmente quando os votos são secretos, como acontecerá na segunda.
Na atual disputa pelo comando do Senado, o destaque tem sido a persistência de Tião Viana. Se tivesse desanimado e compactuado com a aparente apatia do palácio do Planalto, Sarney e seus apoiadores estariam comemorando a vitória antecipadamente.
Agora mal terão tempo de espernear em público se Lula decidir a eleição de seu gabinete, cooptando um ou outro senador ‘indeciso’. Muito menos cortar relações com o governo pois o PMDB ocupa alguns ministérios e um grande número de cargos menores.
Crédito da imagem: José Cruz/Agência Brasil
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