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06 fevereiro 2010

SÍFILIS NÃO FOI 'EXPORTADA' DAS AMÉRICAS PARA A EUROPA

Estudo da USP desmente que sífilis foi à Europa pós-Colombo

da Folha Online

[O Treponema pallidum é uma bactéria do tipo espiroqueta, ou seja, é uma bactéria com forma de espiral.]

Quem for ao portal do Ministério da Saúde pesquisar sobre a sífilis encontrará que a doença sexualmente transmissível, de péssima fama, foi levada por marinheiros de Cristóvão Colombo da América para a Europa, no final do século 15.

No entanto, de acordo com reportagem do colunista Marcelo Leite publicada nesta sexta-feira (5) na Folha de S. Paulo (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal), esta é uma informação errada. É o que conclui estudo que surgiu de um curso de pós-graduação da USP.

Alunos do curso escreveram um artigo que saiu no periódico "PLoS Neglected Tropical Diseases", dedicado a doenças tropicais negligenciadas, em janeiro: uma refutação da hipótese de que a doença só tenha chegado à Europa depois de 1492.

Os marinheiros de Colombo e as índias com quem tenham mantido relações sexuais foram inocentados da acusação de ter iniciado a epidemia que devastou Nápoles em 1495.

O estudo da USP inovou, ao complementar o registro histórico com ferramentas de biologia molecular. A ideia --usar um chamado "relógio molecular"-- partiu do aluno Fernando Lucas de Melo, primeiro autor do artigo na "PLoS".

A combinação de métodos não foi capaz, porém, de solucionar o mistério sobre a origem geográfica da sífilis. Só se sabe que ela estava presente no Novo e no Velho Mundo antes do Descobrimento, mas não qual continente exportou para o outro o "mal de Vênus" (a deusa do amor, origem da expressão "doença venérea").

Ilustração: Wikipedia