FOTOS ANTIGAS DA CIDADE DE RIO BRANCO
QUEM PODE ME DIZER QUE PRÉDIOS E LUGARES SÃO ESSES?
As fotos apresentadas aqui são de lugares e de prédios que marcaram e ainda marcam a paisagem da cidade de Rio Branco. Gostaria que os leitores tentassem adivinhar que prédios e lugares são esses. Os créditos das fotos eu vou dar em uma próxima oportunidade. De outra forma, os mais curiosos vão descobrir facilmente.
A foto acima é de um prédio que marcou a história de nossa cidade. Tive o prazer de andar nos corredores deste prédio.
RESPOSTA: Altino, você errou feio. A foto foi tirada na década de 50 e retrata o Hotel Chui, que ficava em frente à praça Plácido de Castro - que em breve vai mudar de nome. Este era um hotel estatal, construído pelo governo do território do Acre para abrigar os visitantes com mais comodidade visto que na época não exisitiam hoteis de verdade na nossa cidade. No início da década de 70 o hotel Chui (porque será que foi batizado com esse nome?) foi "reformado" e arrendado. Funcionou como hotel por mais alguns anos até que a prefeitura ocupou o mesmo - se não me engano, em meados da década de 80. Observem que para a esquerda do prédio existia apenas uma casa em madeira. O Hotel Rio Branco iria ser construído somente 10 anos depois.
Este prédio ainda dá para ser recuperado para a sua forma original, como nessa foto na década de 50. Se você for dar uma olhada nele hoje, vai ver que as escadas laterais, a entrada principal e todo o segundo andar são basicamente a mesma coisa. Me impressiona ver nos fundo diversos pés da palmeira Tucumã. É como se lá fosse um campo de gado. A cidade cresceu rápido. Fico surpreso porque sempre achei que este lugar foi área nobre. Quem era menino com seus 8-15 anos em meados da década de 70 provavelmente fez uma visita forçada a este prédio.
RESPOSTA: Altino, você acertou. Este é o predio onde funciona atualmente a Superintendência da Polícia Federal. Observem que o mesmo não mudou muito. A cobertura em telha de barro foi substituida por telhas de amianto, mas muitos detalhes originais ainda podem ser visto nos dias de hoje, incluindo o formato das colunas na porta principal e as muretas próximas da calçada (parte central). Neste prédio funcionava a antiga Saúde Pública (depois transferida para a Avenida Antonio da Rocha Viana). Foi lá, por volta de 1974, que a maioria das crianças de Rio Branco foi levada para tomar vacina contra a meningite, que estava causando dezenas de mortes pelo Brasil afora.
Eu estudei nesta escola. E fugi de lá sozinho. Apanhei quando cheguei em casa. Tinha 6 anos. Eu estudava no período da manhã. Perdi o encanto porque achava "demais" ter que dormir um sono quando não estava com sono, ter que caminhar em cima de um risco de giz no chão para mostrar que tinha equilíbirio e outras coisas mais apropriadas para bebês. De boas lembranças trago a "viagem" que fiz com minha turma para a estação experimental que ficava no bairro "Estação Experimental". Era longe, muito mato ao longo da estrada de barro. Fomos de ônibus. Foi minha primeira viagem de ônibus. Fora isso, me lembro da "merenda": nescau ou café com leite, pão com manteiga. Nos dias mais especiais eles faziam "bodó" (hoje as pessoas chamam de bolinho de chuva). Nos anos seguintes estudei no Grupo Escolar Presidente Dutra, Mário de Oliveira, Colégio Acreano (Diretor: Raimundo Louro) e CESEME (Diretor: Elias Mansour).
De uma maneira geral o prédio pouco mudou com o passar dos anos. A arquitetura permanece a mesma, mas o muro hoje é mais alto. A vizinhança não existe mais.
RESPOSTA: Altino, você acertou. A casa em madeira ao lado pertenceu a um antigo servidor da Secretaria da Fazenda, que chegou ao posto de Secretário. Era o pai do Herbert, do Haroldo e da Marcia.
Esta foto é a que mais me impressionou. Foi tomada na década de 50 e algumas dessas casas ainda existem (com poucas modificações). Reparem que as telhas de barro tipo francesa foram - provavelmente - confecionadas na olaria do governo que funcionava nos fundos do atual grupo Escolar Mário de Oliveira. Aliás, essa olaria forneceu as telhas usadas na maioria dos prédios públicos construídos pelo governo entre as décadas de 40 e 60.
O conjunto habitacional da foto foi provavelmente o primeiro da nossa cidade, antecede à COHAB do Bosque, que eu pensei ter sido o primeiro. Ele ocupou(a) uma quadra inteira na parte central da cidade. Um dos moradores do conjunto foi o responsável pela criação do clube local Vasco da Gama. Viveu em sua casa até a sua morte alguns anos atrás. Seu filho é figura popular e querida na cidade.
Reparem bem no prédio ao fundo. Ele ainda existe e hoje lá funciona uma repartição pública. Observem que tem uma ladeira separando as casas daquele prédio. A ladeira ainda existe. Dá para ver que naquele tempo a rua era no "barro".
RESPOSTA: Altino, você acertou. É o conjunto IPASE. A casa em que aparecem duas pessoas na janela é a que foi derrubada para a construção da pizzaria Tutti Frutti. O morador ilustre que me referi na mensagem é o sr. Almada Brito, pai do "bidu", de cuja casa se vê apenas a cumeeira, na parte esquerda da imagem. A ladeira é a da Avenida Ceará, antes de chegar no cruzamento com a Av. Getúlio Vargas. O prédio que me referi é onde hoje funciona a Secretaria Especial da Mulher. As casas desse conjunto devem ter completado 50 anos de existência e muitas não foram modificadas radicalmente.
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COMENTÁRIOS:
Nadja Barros disse...
Oi Evandro, tudo bem?
Cheguei aqui através do blog do Altino. Regularmente passo por "lá", apesar de pouco comentar. Mas nunca é perda de tempo, porque sempre encontro um novo link interessante...e assim cheguei aqui! Sou acreana, moro atualmente em Salvador e morro de saudades de Rio Branco. Estas fotos são uma preciosidade, sabia? Viajei no tempo qdo vi a foto da Escolinha Menino Jesus...eu tb estudei lá!!! Dormi muito na toalha estendida no chão depois do lanche (rosquinha doce da miragina com nescau ou refresco de groselha!!).
Um belo dia, indo pra escolinha (com aquele avental com um bolso enorme na frente e nosso nome, vc teve um?), vi meu pai chegando em casa com uma melancia enorme, embaixo do braço. Embirrei q queria ficar em casa pra comer a tal melancia e, não me lembro o motivo, não fui nunca mais pra "aula" depois daquele dia!! ehehehe...Quase 20 anos depois, já trabalhando numa clínica do sesi, tive o prazer e o encantamento de atender a minha professorinha Rosângela( que eu nunca esqueci o rosto) do jardim de infância. Agora serei frequentadora assídua.
Tudo de bom.
Nadja.
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Nadja,
Seja bem vindo ao espaço. Que bom encontrar uma ex-colega, mesmo de épocas diferentes. Estudei lá em 1970 durante alguns meses.
Se tiver fotos antigas de Rio Branco que queira ver publicadas, é só mandar. Nossa cidade está cada dia mais bonita. Tenho muito orgulho de tudo que está acontecendo por aqui.
Saudações cordiais,
Evandro
As fotos apresentadas aqui são de lugares e de prédios que marcaram e ainda marcam a paisagem da cidade de Rio Branco. Gostaria que os leitores tentassem adivinhar que prédios e lugares são esses. Os créditos das fotos eu vou dar em uma próxima oportunidade. De outra forma, os mais curiosos vão descobrir facilmente.
A foto acima é de um prédio que marcou a história de nossa cidade. Tive o prazer de andar nos corredores deste prédio.
RESPOSTA: Altino, você errou feio. A foto foi tirada na década de 50 e retrata o Hotel Chui, que ficava em frente à praça Plácido de Castro - que em breve vai mudar de nome. Este era um hotel estatal, construído pelo governo do território do Acre para abrigar os visitantes com mais comodidade visto que na época não exisitiam hoteis de verdade na nossa cidade. No início da década de 70 o hotel Chui (porque será que foi batizado com esse nome?) foi "reformado" e arrendado. Funcionou como hotel por mais alguns anos até que a prefeitura ocupou o mesmo - se não me engano, em meados da década de 80. Observem que para a esquerda do prédio existia apenas uma casa em madeira. O Hotel Rio Branco iria ser construído somente 10 anos depois.
Este prédio ainda dá para ser recuperado para a sua forma original, como nessa foto na década de 50. Se você for dar uma olhada nele hoje, vai ver que as escadas laterais, a entrada principal e todo o segundo andar são basicamente a mesma coisa. Me impressiona ver nos fundo diversos pés da palmeira Tucumã. É como se lá fosse um campo de gado. A cidade cresceu rápido. Fico surpreso porque sempre achei que este lugar foi área nobre. Quem era menino com seus 8-15 anos em meados da década de 70 provavelmente fez uma visita forçada a este prédio.
RESPOSTA: Altino, você acertou. Este é o predio onde funciona atualmente a Superintendência da Polícia Federal. Observem que o mesmo não mudou muito. A cobertura em telha de barro foi substituida por telhas de amianto, mas muitos detalhes originais ainda podem ser visto nos dias de hoje, incluindo o formato das colunas na porta principal e as muretas próximas da calçada (parte central). Neste prédio funcionava a antiga Saúde Pública (depois transferida para a Avenida Antonio da Rocha Viana). Foi lá, por volta de 1974, que a maioria das crianças de Rio Branco foi levada para tomar vacina contra a meningite, que estava causando dezenas de mortes pelo Brasil afora.
Eu estudei nesta escola. E fugi de lá sozinho. Apanhei quando cheguei em casa. Tinha 6 anos. Eu estudava no período da manhã. Perdi o encanto porque achava "demais" ter que dormir um sono quando não estava com sono, ter que caminhar em cima de um risco de giz no chão para mostrar que tinha equilíbirio e outras coisas mais apropriadas para bebês. De boas lembranças trago a "viagem" que fiz com minha turma para a estação experimental que ficava no bairro "Estação Experimental". Era longe, muito mato ao longo da estrada de barro. Fomos de ônibus. Foi minha primeira viagem de ônibus. Fora isso, me lembro da "merenda": nescau ou café com leite, pão com manteiga. Nos dias mais especiais eles faziam "bodó" (hoje as pessoas chamam de bolinho de chuva). Nos anos seguintes estudei no Grupo Escolar Presidente Dutra, Mário de Oliveira, Colégio Acreano (Diretor: Raimundo Louro) e CESEME (Diretor: Elias Mansour).
De uma maneira geral o prédio pouco mudou com o passar dos anos. A arquitetura permanece a mesma, mas o muro hoje é mais alto. A vizinhança não existe mais.
RESPOSTA: Altino, você acertou. A casa em madeira ao lado pertenceu a um antigo servidor da Secretaria da Fazenda, que chegou ao posto de Secretário. Era o pai do Herbert, do Haroldo e da Marcia.
Esta foto é a que mais me impressionou. Foi tomada na década de 50 e algumas dessas casas ainda existem (com poucas modificações). Reparem que as telhas de barro tipo francesa foram - provavelmente - confecionadas na olaria do governo que funcionava nos fundos do atual grupo Escolar Mário de Oliveira. Aliás, essa olaria forneceu as telhas usadas na maioria dos prédios públicos construídos pelo governo entre as décadas de 40 e 60.
O conjunto habitacional da foto foi provavelmente o primeiro da nossa cidade, antecede à COHAB do Bosque, que eu pensei ter sido o primeiro. Ele ocupou(a) uma quadra inteira na parte central da cidade. Um dos moradores do conjunto foi o responsável pela criação do clube local Vasco da Gama. Viveu em sua casa até a sua morte alguns anos atrás. Seu filho é figura popular e querida na cidade.
Reparem bem no prédio ao fundo. Ele ainda existe e hoje lá funciona uma repartição pública. Observem que tem uma ladeira separando as casas daquele prédio. A ladeira ainda existe. Dá para ver que naquele tempo a rua era no "barro".
RESPOSTA: Altino, você acertou. É o conjunto IPASE. A casa em que aparecem duas pessoas na janela é a que foi derrubada para a construção da pizzaria Tutti Frutti. O morador ilustre que me referi na mensagem é o sr. Almada Brito, pai do "bidu", de cuja casa se vê apenas a cumeeira, na parte esquerda da imagem. A ladeira é a da Avenida Ceará, antes de chegar no cruzamento com a Av. Getúlio Vargas. O prédio que me referi é onde hoje funciona a Secretaria Especial da Mulher. As casas desse conjunto devem ter completado 50 anos de existência e muitas não foram modificadas radicalmente.
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COMENTÁRIOS:
Nadja Barros disse...
Oi Evandro, tudo bem?
Cheguei aqui através do blog do Altino. Regularmente passo por "lá", apesar de pouco comentar. Mas nunca é perda de tempo, porque sempre encontro um novo link interessante...e assim cheguei aqui! Sou acreana, moro atualmente em Salvador e morro de saudades de Rio Branco. Estas fotos são uma preciosidade, sabia? Viajei no tempo qdo vi a foto da Escolinha Menino Jesus...eu tb estudei lá!!! Dormi muito na toalha estendida no chão depois do lanche (rosquinha doce da miragina com nescau ou refresco de groselha!!).
Um belo dia, indo pra escolinha (com aquele avental com um bolso enorme na frente e nosso nome, vc teve um?), vi meu pai chegando em casa com uma melancia enorme, embaixo do braço. Embirrei q queria ficar em casa pra comer a tal melancia e, não me lembro o motivo, não fui nunca mais pra "aula" depois daquele dia!! ehehehe...Quase 20 anos depois, já trabalhando numa clínica do sesi, tive o prazer e o encantamento de atender a minha professorinha Rosângela( que eu nunca esqueci o rosto) do jardim de infância. Agora serei frequentadora assídua.
Tudo de bom.
Nadja.
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Nadja,
Seja bem vindo ao espaço. Que bom encontrar uma ex-colega, mesmo de épocas diferentes. Estudei lá em 1970 durante alguns meses.
Se tiver fotos antigas de Rio Branco que queira ver publicadas, é só mandar. Nossa cidade está cada dia mais bonita. Tenho muito orgulho de tudo que está acontecendo por aqui.
Saudações cordiais,
Evandro
Publicado por Evandro Ferreira em domingo, abril 16, 2006
5 Comments:
Evandro, você sabe que nasci e permaneci até os 15 anos (que saudade!) em Cruzeiro do Sul. Mas vamos lá, na ordem: 1) Colégio Acreano; 2) atual prédio da Superintendência da Polícia Federal; 3) Escola Infantil Menino Jesus (aceitaram você lá?); 4) Conjunto Ipase.
Alceu,
Tive o prazer de conhecer a professora Maitê na época em que ela vivia no Acre, no começo da década de 80. Seu marido, o Rubens, foi meu professor de química.
Quanto ao trabalho dela, o que posso dizer é que sua tese de doutorado - sobre a predação de frutos de palmeira (Astrocaryum jauari) por peixes, entre eles o tambaqui - era uma das preferidas do meu orientador, Dr. Andrew Henderson. Ele sempre achou que o trabalho dela foi "demais".
Oi Evandro, tudo bem? Cheguei aqui através do blog do Altino. Regularmente passo por "lá", apesar de pouco comentar. Mas nunca é perda de tempo, porque sempre encontro um novo link interessante...e assim cheguei aqui! Sou acreana, moro atualmente em Salvador e morro de saudades de Rio Branco. Estas fotos são uma preciosidade, sabia? Viajei no tempo qdo vi a foto da Escolinha Menino Jesus...eu tb estudei lá!!! Dormi muito na toalha estendida no chão depois do lanche (rosquinha doce da miragina com nescau ou refresco de groselha!!) Um belo dia, indo pra escolinha (com aquele avental com um bolso enorme na frente e nosso nome, vc teve um?), vi meu pai chegando em casa com uma melancia enorme, embaixo do braço. Embirrei q queria ficar em casa pra comer a tal melancia e, não me lembro o motivo, não fui nunca mais pra "aula" depois daquele dia!!ehehehe...Quase 20 anos depois, já trabalhando numa clínica do sesi, tive o prazer e o encantamento de atender a minha professorinha Rosângela( que eu nunca esqueci o rosto) do jardim de infância. Agora serei frequentadora assídua. Tudo de bom. Nadja.
Adoro ver essas fotos antigas. Não sei porque fico saudosa, lembro de minha mãe e de como eramos felizes. Era tudo tão simples e muito mais bonito!!! Um abraço.
carla Souza
Evandro Ferreira, que emoção em saber noticias de Rio Branco,através do seu comentário: Eu sou Maria Amélia, morro no centro do Rio a mais de 40 anos, sair de lá muito tempo , estudei nos colégios: sete de setembro , primeiro de maio,colégio acreano,morava no bairro do bosque. Eu retornei lá em 1995, com meu marido e nunca mais voltei. Espero ainda retornar,na epóca a cidade estava muito maltratada, não tinha calçada,tinhamos que andar pelo meio da rua. lembro-me bem do Bidu e o Tonho irmão dele, ambos filhos do Omada brito, do Aberlardo e Atalidio filhos da d. Ena Chego ao final com saudades da amada e linda terrinha.
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