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25 outubro 2006

TV GLOBO: "O ABRAÇO DE LULA"

Quem tem acompanhado pela internet e pela televisão a cobertura das eleições presidenciais desse ano observou que os maiores meios de comunicação do país fazem aberta campanha pró-Alckmin. Folha, Estadão, O Globo e JB são os jornais mais engajados. No campo televisivo, a TV Globo, sem dúvida a mais influente de todas, também tinha embarcado na mesma onda. Observem que eu disse "tinha". Isto porque desde domingo passado a clara campanha pró-Alckmin da vênus prateada está em marcha lentíssima. As razões? Quem sabe? A colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo informou, no dia 23/10/2006, que
o presidente Lula e João Roberto Marinho, vice-presidente das Organizações Globo, tiveram encontro discreto no Palácio do Planalto pouco depois do começo do segundo turno da campanha eleitoral. Segundo a mesma estavam presentes a ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, e Márcio Thomaz Bastos, da Justiça. Embora os ministros neguem o encontro, Roberto Marinho admite que ele ocorreu.

O executivo da Rede Globo tinha audiência com Dilma Roussef, que teve a idéia de leva-lo à sala do presidente para "um abraço". Um dos assuntos do encontro foi a campanha presidencial e o presidente e ministros presentes demonstraram sutilmente contrariedade com a TV Globo, que deu ampla e intensa cobertura ao escândalo do dossiê, que resultou na realização do segundo turno.

Concretamente, se pode ver que a cobertura negativa da emissora sobre a candidatura de Lula esfriou. O jornal "Bom Dia Brasil" de hoje, quarta (25/10), não apresentou uma manchete sequer sobre a corrida presidencial. Nada de dossiê, dólares ilegais, foto do dinheiro. Nada. Isto é sintomático. Das duas uma. A emissora, que tem dívidas bilionárias que poderiam ser aliviadas por eventual ajuda do BNDS, ouviu de Lula que agindo como vinha agindo não iria ter "apoio" estatal. Ou as pesquisas de todos os institutos que demonstram vitória ampla e segura de Lula abriram, finalmente, os olhos da emissora, que, a exemplo do que fez no passado, resolveu embarcar na náu dos vencedores. Foi assim com Collor, depois que ficou claro que o candidato apoiado pela emissora na época não conseguiria passar para o segundo turno.