SÃO MANEJADORES COMUNITÁRIOS DE MADEIRA...
Recebi um comentário de Raimundo Cláudio sobre o post "EXTRAÇÃO DE MADEIRA CERTIFICADA NO ACRE CAUSA ALTERAÇÃO DE 28% DA FLORESTA NATIVA" (PAE Porto Dias, Acre) que é mais do que um simple comentário. Segundo ele, que é coordenador do Projeto Análise Econômica de Sistemas de Produção Familiar Rural no Estado do Acre-ASPF, do Departamento de Economia da UFAC):
"Um agravante nessa discussão é saber que o preço da madeira certificada pago aos manejadores do Porto Dias foi similar ao da madeira não certificada, de acordo com a Coopfloresta (cooperativa dos produtores florestais comunitários), em torno de R$ 120,00/tora de madeira. Além disso, os manejadores somente se apropriam de metade desse valor, uma vez que a outra metade ficam com as serrarias como pagamento pelos custos do processo, conforme levantamento realizado pelo ASPF."
E continua:
"Ademais, dados preliminares do projeto ASPF, referentes ao ano agrícola entre 2005/2006, indicam que mais da metade da renda bruta gerada no PAE Porto Dias é oriunda da produção de gado bovino, ou seja, vislumbra-se um sombrio futuro para a floresta em torno desse projeto."
Sendo assim, fico pensando qual o futuro dos outros Projetos de Assentamento Agroextrativistas e das Reservas Extrativistas da região leste do Acre. Tudo indica que irão sofrer uma forte pressão, passada a fase inicial da retirada da madeira, para que a floresta seja convertida
Há que ter muito cuidado com esta questão da exploração madeireira no Acre.
1 Comments:
caro evandro,não nos conhecemos,mas temos algo em comum,que é a preocupação pelo porto dias. Pelo que acompanho os trabalhos da Embrapa com manejo comunitário desde os anos 90 até hoje,vemos claramente que esta pesquisa foi totalmente desvirtuada e o manejo comunitário passou a ser manejo empresarial. O sr. osvaldo coutinho com apoio da SEF impõe as regras e determina o preço da aquisição do produto - madeira. O ano de 2005 foi pago o metro cúbico de 55,00,2007 de 500,00 o hectare e 2009 de 400,00 o hectare sendo explorado 25% da area. O objetivo do manejo comunitário é criar alternativa de renda para o assentado, mas, infelizmente alguns moradores já tem 80% de sua área comprometida com esse manejo predatório. Não quero profetizar,mas tenho convicção do que vai ocorrer nesses 4 - 5 anos que vem pela frente- a família vai sair do projeto,as terras vão ser vendidas e consequentemente suas filhas vão se prostituir em rio branco e seus filhos entrar no mundo da droga e ter uma media de vida em torno de 25 anos.Quero te relatar que as áreas de APP não estão sendo respeitada,as copaíbas que era a essencia do projeto estão sendo devoradas,e a omissão do IMAC em fiscalizar o pós manejo é esquecido.Passa-se ano e tudo se repete- a SEF ajuda osvaldo, o IMAC libera a DOF,os moradores são ludribiados e o projeto vai descendo pelo ralo. Quero te alertar que o sr. aclecio daniel que tanto o CTA protegeu com ajuda da júlia e principalmente do luiz ortiz,vem negociando com o sr. osvaldo a venda de toda madeira em troca de favores. Se queres mais informações,procure ouvir o sr. jõao batista,que tem carinho e preocupação com o porto dias.Estou eminentemente interessado em informar para a dra.mary cristina a verdadeira situação a qual se encontra o porto dias. Primeiro- pelo projeto criado pela Pesacre,UFAC e Universidade da Flórida USA,a base do projeto era a exploração do óleo da copaíba,depois com a certificação,vem o trabalho com o manejo comunitário e por final com o apoio da SEF veio o manejo empresarial de exploração com esboço para ingles ver de manejo sustentável comunitário. Que DEUS tenha piedade daquele povo que tem uma ingenuidade impar. Cuidado,daniel é um perigo ali na comunidade. A proxima dele é receber um trator e um caminhão usado do sr.osvaldo e obrigar os manejadores por 3 anos autorizar osvaldo a extrair madeira de forma ampla. Aguarde mais informações. Estarei repassando esse relatório para a dra.mary cristina e pedindo que ela solicite do IMAC vistoria nas áreas ja explorada. Vai ser uma surpresa para todos
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