ASSIS BRASIL
Assis Brasil - Esta pequena cidade, capital do Município de mesmo nome, talvez seja a melhor representação da realidade das pequenas cidades do interior do Acre e do Brasil. O Município, com 3.721 habitantes, apresenta índices de desenvolvimento social vergonhosos.
O analfabetismo atinje cerca de 30% da população com mais de 15 anos. A cobertura da rede de coleta de esgoto (não existe tratamento) atinge apenas 17% da população urbana. Mesmo assim, de forma precária. Vejam nas fotos deste post que o mesmo corre a céu aberto. E a prefeitura está trabalhando para expandir esta rede improvisada. Dá forma como está sendo executada dá a impressão de que trará mais problemas do que solução.
A coleta de lixo atinje mais de 85% da população urbana, mas a destinação do mesmo é problemática pois a cidade não dispõe de local adequado para a sua deposição.
Um aspecto positivo é o acesso a água potável, que é relativamente elevado. Cerca de 70% das habitações da área urbana são servidas pela rede de distribuição do Departamento Estadual de Águas (DEAS). Este valor está acima da média acreana, de 49%, mas abaixo da média do país, que é de pouco mais de 88%.
Cidade é o retrato do interior do país
Segundo o Atlas do IBGE (2004), em 2000, 60% da população brasileira não tinha acesso à rede coletora de esgotos e apenas 20% do esgoto gerado no País recebia algum tipo de tratamento. Nesse mesmo ano, quase um quarto da população não tinha acesso à rede de abastecimento de água.
Embora a coleta de lixo seja amplamente difundida entre os 5.507 municípios do País, a grande maioria deles (mais de 60%) deposita seus resíduos em lixões a céu aberto, sem nenhum tratamento. Os aterros sanitários estão presentes em pouco mais de 13% dos municípios pesquisados, e apenas 8% deles afirmam ter coleta seletiva.
Dificuldade para visitar a cidadeAssis Brasil é o cartão de visitas para aqueles que chegam ao nosso país pela moderna ponte Brasil-Peru. A iminente inauguração da alfândega na entrada daquela cidade, entretanto, talvez sirva como desestímulo a uma possível visita à mesma por parte desses visitantes. É que da forma que está desenhado o fluxo de trânsito no local, visitantes (e habitantes da própria cidade vindos do lado peruano), terão que passar duas vezes na alfândega. É muita burocracia. Vai fazer valer, para os que desejam visitar a cidade, aquele ditado que diz: "só vai lá quem tem negócio". Talvez seja melhor assim.
Evandro Ferreira, Blog Ambiente Acreano, 06/10/2007
1 Comments:
Olá! Sou a mais nova leitora do blog Ambiente Acreano. Para mim, que estou bem longe daí, é muito interessante saber o que acontece desse lado (por meio dos cidadãos e não da mídia). Por isso, tomei a iniciativa de linká-lo no meu blog. Caso não aprove, é só me comunicar que eu retiro o link, ok?
Abraços e visite meu blog:
http://testadeferro-sm.blogspot.com
Simone Maia
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