OBAMA PRESIDENTE DOS EUA?
Para isso ele vai ter que lutar contra tudo e contra todos. Especialmente a classe branca que domina os meios de comunicação do país
Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano
Começou a reação da América branca contra o risco de um negro assumir a Casa Branca. Vejam o absurdo que foi a capa da última edição da revista The New Yorker. Retrataram o candidato negro como um radical muçulmano, o estereotipo de personagem mais rejeitado pelos americanos.
Quem olha a caricatura fica com a impressão que ele apoia incondicionalmente os mujahedin, homens-bomba e outras mazelas radicais muçulmanas. Não se pode deixar de citar que a militante radical com cabelo estilo 'black power' e uma metralhadora AK-47 a tiracolo representa a esposa de Obama.
A imagem representa muito mais do que se pode imaginar ao se olhar a mesma sem interpretar a mensagem que ela tenta passar.
Um exemplo. Na vida real, o cabelo da esposa de Obama é, na maior parte do tempo, alisado, do tipo 'chapinha'. E porque o caricaturista a desenhou com cabelo black-power?
Para fazer uma conexão dela e do esposo com o movimento radical e violento dos negros americanos da década de 70 que apelaram para a violência contra o opressão racial reinante no período.
Um escândalo. Obama retratado como um muçulmano radical e a esposa como ativista do movimento negro pró-violência. E ambos comerando em pleno salão oval, a conquista da Casa Branca!
Um tremendo contra-senso tendo em vista que Obama já deixou claro que apoia quase incondicionalmente Israel em sua luta contra os palestinos. Não é preciso dizer que ele também é contra movimentos radicais. Tanto que abandonou a igreja que frequentava porque o pastor (negro) da mesma se excedeu nas suas referências nada elogiosas aos brancos.
Para quem não sabe, a revista The New Yorker é extremamente influente nos EUA. É a revista preferida dos intelectuais, da classe média e dos milionários americanos. O poder de influência dela entre as revistas americanas é equivalente ao do The New York Times entre os jornais diários daquele país.
Hillary foi o primeiro sinal
Não havia comentado ainda, mas quem aconpanhou a campanha pela indicação do candidato a presidente dos EUA pelo partido democrático viu que a senadora Hillary Clinton ficou na disputa até o fim, mesmo sabendo que não teria chance alguma.
E porque não desisitiu rápido, como costuma ser tradição entre os candidatos que disputam aquela indicação?
Tenho certeza que ela confiou que a "América verdadeira" que sempre garantiu um lugar na casa branca para os brancos iria fazer alguma coisa para, de um jeito ou de outro, dar a ela esse direito que historicamente eles - os brancos - acreditam ser natural.
Foi constrangedora a insistência de Hillary. E atrapalhou os planos de Obama de se apresentar como uma unanimidade entre os democratas.
Agora vamos ver como Obama vai se sair frente aos falcões republicanos, que se consideram os legítimos defensores da "América verdadeira", que, de uma maneira geral tem se apresentado ao longo dos anos como extremamente conservadora e fiel a suas orígens, ou seja: a América para os americanos.
Eu sou pessimista e acho que Obama não terá chances. O impossível pode acontecer e John McCain, um candidato que sempre perdeu as indicações entre os republicanos, que não representa o novo, que não sugere uma mudança significativa em relação a George Bush e sua desastrada administração, deverá sair vencedor. Esperem e verão.
Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano
Começou a reação da América branca contra o risco de um negro assumir a Casa Branca. Vejam o absurdo que foi a capa da última edição da revista The New Yorker. Retrataram o candidato negro como um radical muçulmano, o estereotipo de personagem mais rejeitado pelos americanos.
Quem olha a caricatura fica com a impressão que ele apoia incondicionalmente os mujahedin, homens-bomba e outras mazelas radicais muçulmanas. Não se pode deixar de citar que a militante radical com cabelo estilo 'black power' e uma metralhadora AK-47 a tiracolo representa a esposa de Obama.
A imagem representa muito mais do que se pode imaginar ao se olhar a mesma sem interpretar a mensagem que ela tenta passar.
Um exemplo. Na vida real, o cabelo da esposa de Obama é, na maior parte do tempo, alisado, do tipo 'chapinha'. E porque o caricaturista a desenhou com cabelo black-power?
Para fazer uma conexão dela e do esposo com o movimento radical e violento dos negros americanos da década de 70 que apelaram para a violência contra o opressão racial reinante no período.
Um escândalo. Obama retratado como um muçulmano radical e a esposa como ativista do movimento negro pró-violência. E ambos comerando em pleno salão oval, a conquista da Casa Branca!
Um tremendo contra-senso tendo em vista que Obama já deixou claro que apoia quase incondicionalmente Israel em sua luta contra os palestinos. Não é preciso dizer que ele também é contra movimentos radicais. Tanto que abandonou a igreja que frequentava porque o pastor (negro) da mesma se excedeu nas suas referências nada elogiosas aos brancos.
Para quem não sabe, a revista The New Yorker é extremamente influente nos EUA. É a revista preferida dos intelectuais, da classe média e dos milionários americanos. O poder de influência dela entre as revistas americanas é equivalente ao do The New York Times entre os jornais diários daquele país.
Hillary foi o primeiro sinal
Não havia comentado ainda, mas quem aconpanhou a campanha pela indicação do candidato a presidente dos EUA pelo partido democrático viu que a senadora Hillary Clinton ficou na disputa até o fim, mesmo sabendo que não teria chance alguma.
E porque não desisitiu rápido, como costuma ser tradição entre os candidatos que disputam aquela indicação?
Tenho certeza que ela confiou que a "América verdadeira" que sempre garantiu um lugar na casa branca para os brancos iria fazer alguma coisa para, de um jeito ou de outro, dar a ela esse direito que historicamente eles - os brancos - acreditam ser natural.
Foi constrangedora a insistência de Hillary. E atrapalhou os planos de Obama de se apresentar como uma unanimidade entre os democratas.
Agora vamos ver como Obama vai se sair frente aos falcões republicanos, que se consideram os legítimos defensores da "América verdadeira", que, de uma maneira geral tem se apresentado ao longo dos anos como extremamente conservadora e fiel a suas orígens, ou seja: a América para os americanos.
Eu sou pessimista e acho que Obama não terá chances. O impossível pode acontecer e John McCain, um candidato que sempre perdeu as indicações entre os republicanos, que não representa o novo, que não sugere uma mudança significativa em relação a George Bush e sua desastrada administração, deverá sair vencedor. Esperem e verão.
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