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Na Web No BLOG AMBIENTE ACREANO

11 julho 2008

DENDÊ PARA A PRODUÇÃO DE BIODIESEL NO ACRE

No papel parece tudo muito simples. Um zoneamento recém-concluído pela Embrapa para verificar as possibilidades de plantio do dendê em áreas degradadas na Amazônia legal indica que no Acre seriam necessários apenas 0,164% das áreas alteradas para produzir óleo suficiente para substituir 100% do diesel atualmente consumido no Estado.

São apenas 25 mil hectares de plantio da cultura em pastagens abandonadas, capoeiras velhas e outras áreas que foram desmatadas e abandonadas pelos nossos produtores! Equivale a umas 5 grandes fazendas de criação de gado que a gente pode encontrar ao longo das estradas do Estado.

E a quantidade de terra a ser dedicada à cultura no Acre poderia ser até menor se houvesse a adoção de alta tecnologia pois o número acima é para o plantio usando apenas a tecnologia básica.

Segundo o mapa divulgado, as áreas aptas para esse plantio se estendem por toda a região leste do Estado, até mais ou menos as cercanias da cidade de Sena Madureira.

Os riscos? O problema representado pelo Letal Yellowing (que ninguém sabe o que é) e a sazonalidade das chuvas na região. Secas prolongadas geralmente induzem as plantas de dendê a produzir mais flores masculinas, diminuindo, portanto, a produção de frutos e, consequentemente, a produtividade da cultura.

Outro desafio: a cultura requer plantio em grande escala em volta da unidade extratora de óleo. Seria difícil agregar a pequena produção familiar em empreendimentos como esse.