O PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS E A EXPLORAÇÃO DOS CONSUMIDORES ACREANOS
Sob o ponto de vista de preço de combustíveis, ainda está longe o dia em que o Acre será o melhor lugar para se viver na amazônia. Especialmente porque o preço do álcool em Manaus é mais barato do que em Rio Branco
Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano
A jornalista Miriam Leitão informa que o petróleo vale hoje 40% do que valia quando o Governo autorizou o último reajuste da gasolina. Na época, cada barril equivalia, em reais, a R$ 192,00. É isso mesmo: uma queda de 60%!
Enquanto isso...o preço da gasolina e todos os demais derivados do petróleo são vendidos no Brasil como se o petróleo ainda estivesse custando mais de U$ 100 o barril.
Qual a razão para essa irracionalidade?
O preço dos derivados do petróleo tem que baixar logo. Todos ganhariam: os consumidores, as empresas. O dinheiro economizado nos combustíveis seria usado em outras despesas.
Segundo Miriam Leitão "sob o ponto de vista técnico, fica cada vez mais complicado para o governo explicar a razão de a gasolina não cair de preço. Na prática, o contribuinte brasileiro está subsidiando a Petrobras. Além disso, a redução dos preços da energia teria impacto positivo nos índices de inflação, que permitiria uma queda maior nos juros por parte do Banco Central".
Para os consumidores acreanos essa medida seria mais que bem-vinda. Pesquisas mostram que pagamos um dos mais altos preços pelo litro de gasolina em todo o país. Mas mais revoltante mesmo é a manipulação que acontece com o preço do álcool no Acre. Todos sabem seu preço não tem nada a ver com o preço da gasolina, mas por aqui ele sempre custa mais que 70% do preço desta última.
O mais revoltante é que nem mesmo durante a safra, quando a oferta de álcool faz o preço do mesmo baixar para menos de R$ 1 em São Paulo, o preço cai aqui no Acre. Ele permanece imutável ou sobre. Tudo depende do preço da gasolina. Subiu a gasolina, sobre junto o álcool.
Quem pode explicar essa relação que só vale no Acre?
Ter carro flex aqui não representa vantagem alguma pois não vale a pena usar álcool pagando o preço cobrado localmente. Todo mundo concorda com isso exceto os donos de garagens de venda de carros usados. Experimentem vender seu antigo carro a gasolina para um desses comerciantes. De cara eles já depreciam seu carro em uns 10% alegando que não é flex. Tudo bem, você vende se quiser, e ele compra se quiser também. Mas é burrice ou esperteza esse argumento dos comerciantes?
Os governantes locais bem que poderiam intervir para acabar com essa manipulação que mantém, de forma injustificada, os preços dos combustíveis no Acre entre os mais altos do país. E o MP? Por onde anda?
Não vale argumentar que o preço dos combustíveis é livre no Brasil. Balela. Todo mundo sabe que os preços pagos à Petrobras e às distribuidoras são tabelados. É fácil saber se as distribuidoras e os postos de combustíveis estão exagerando na margem de lucro.
As autoridades que podem fazer alguma coisa em favor dos consumidores não precisam nem sair do ar-condicionado para obter estas informações. Basta oficiar e esperar sentado.
Enquanto a situação continuar dessa maneira, sob o ponto de vista de preço de combustíveis, ainda está longe o dia em que o Acre será o melhor lugar para se viver na Amazônia. Especialmente porque o preço do álcool em Manaus é mais barato do que em Rio Branco. Como justificar essa aberração?
Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano
A jornalista Miriam Leitão informa que o petróleo vale hoje 40% do que valia quando o Governo autorizou o último reajuste da gasolina. Na época, cada barril equivalia, em reais, a R$ 192,00. É isso mesmo: uma queda de 60%!
Enquanto isso...o preço da gasolina e todos os demais derivados do petróleo são vendidos no Brasil como se o petróleo ainda estivesse custando mais de U$ 100 o barril.
Qual a razão para essa irracionalidade?
O preço dos derivados do petróleo tem que baixar logo. Todos ganhariam: os consumidores, as empresas. O dinheiro economizado nos combustíveis seria usado em outras despesas.
Segundo Miriam Leitão "sob o ponto de vista técnico, fica cada vez mais complicado para o governo explicar a razão de a gasolina não cair de preço. Na prática, o contribuinte brasileiro está subsidiando a Petrobras. Além disso, a redução dos preços da energia teria impacto positivo nos índices de inflação, que permitiria uma queda maior nos juros por parte do Banco Central".
Para os consumidores acreanos essa medida seria mais que bem-vinda. Pesquisas mostram que pagamos um dos mais altos preços pelo litro de gasolina em todo o país. Mas mais revoltante mesmo é a manipulação que acontece com o preço do álcool no Acre. Todos sabem seu preço não tem nada a ver com o preço da gasolina, mas por aqui ele sempre custa mais que 70% do preço desta última.
O mais revoltante é que nem mesmo durante a safra, quando a oferta de álcool faz o preço do mesmo baixar para menos de R$ 1 em São Paulo, o preço cai aqui no Acre. Ele permanece imutável ou sobre. Tudo depende do preço da gasolina. Subiu a gasolina, sobre junto o álcool.
Quem pode explicar essa relação que só vale no Acre?
Ter carro flex aqui não representa vantagem alguma pois não vale a pena usar álcool pagando o preço cobrado localmente. Todo mundo concorda com isso exceto os donos de garagens de venda de carros usados. Experimentem vender seu antigo carro a gasolina para um desses comerciantes. De cara eles já depreciam seu carro em uns 10% alegando que não é flex. Tudo bem, você vende se quiser, e ele compra se quiser também. Mas é burrice ou esperteza esse argumento dos comerciantes?
Os governantes locais bem que poderiam intervir para acabar com essa manipulação que mantém, de forma injustificada, os preços dos combustíveis no Acre entre os mais altos do país. E o MP? Por onde anda?
Não vale argumentar que o preço dos combustíveis é livre no Brasil. Balela. Todo mundo sabe que os preços pagos à Petrobras e às distribuidoras são tabelados. É fácil saber se as distribuidoras e os postos de combustíveis estão exagerando na margem de lucro.
As autoridades que podem fazer alguma coisa em favor dos consumidores não precisam nem sair do ar-condicionado para obter estas informações. Basta oficiar e esperar sentado.
Enquanto a situação continuar dessa maneira, sob o ponto de vista de preço de combustíveis, ainda está longe o dia em que o Acre será o melhor lugar para se viver na Amazônia. Especialmente porque o preço do álcool em Manaus é mais barato do que em Rio Branco. Como justificar essa aberração?
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