PEDRO ACEVEDO-RODRIGUEZ NO ACRE!
Maior especialista mundial de Sapindaceae, a família botânica que inclui o nosso conhecido guaraná, está visitando o Herbário do Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre. Em 2008 ele descreveu uma nova espécie nativa do Acre.
Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano
Está visitando o Herbário do Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre o pesquisador Pedro Acevedo-Rodriguez (foto ao lado), o maior especialista taxonômico mundial da família botânica Sapindaceae, que inclui o nosso conhecido 'guaraná'.
Durante sua estada de menos de 15 dias no Acre, Pedro Acevedo teve a oportunidade de fazer uma excursão botânica para a região do rio Jordão, no alto rio Tarauacá, de onde trouxe cerca de 300 amostras de plantas variadas que serão incorporadas ao acervo do Herbário da UFAC.
Em uma rápida conversa sobre a riqueza de Sapindaceae nas florestas acreanas, Pedro Acevedo informou que no Estado são encontrado 14 gêneros e aproximadamente 110 espécies nativas, das quais 50% pertencem ao grupo Paullinia (foto abaixo), no qual o Guaraná (Paullinia cupana Kunth) está classificado.
Os números apresentados por Acevedo indicam que a riqueza de gêneros de Sapindaceae no Acre é relativamente alta, tendo em vista que em toda a América do Sul são encontrados 31 gêneros. O Acre possui quase 50% deles. No tocante a diversidade de espécies, foram encontradas cerca de 12% do total registrado para a América do Sul, que é de 885. Esse baixo número, entretanto, está relacionado à baixa quantidade de amostras botânicas coletadas no Acre.
Possibilidade remota do guaraná ocorrer naturalmente no Acre
Ao ser questionado sobre a possibilidade do Guaraná ocorrer naturalmente no Acre, Acevedo informou que é remota, embora não impossível. Segundo ele, o material a partir do qual o guaraná foi descrito botanicamente foi coletado na Colômbia por Humboldt e Bonpland por volta de 1820 e é quase certo que as amostras foram colhidas em áreas cultivadas pois a cultura do guaraná na Amazônia pré-data a chegada dos portugueses e espanhóis à região.
Considerando que a cultura do Guaraná é amplamente difundida na região e em tempos passados essa difusão foi realizada por grupos indígenas, não se deve descartar a possibilidade de que indígenas acreanos tenham, de alguma forma, introduzido a cultura no Estado. A confirmação da ocorrência natural da espécie nas florestas naturais do Estado, entretanto, depende do aumento da quantidade de coletas botânicas da família.
A visita de Pedro Acevedo ao Acre é parte de um convênio de colaboração que a UFAC mantém com o Jardim Botânico de Nova Iorque e para os próximos meses estão previstas visitas ao Acre de outros taxonomistas renomados mundialmente.
Nova espécie de planta do Acre
Em 2008 ele descreveu Averrhoidium dalyi, uma nova espécie de Sapindaceae nativa da região da Reserva Extrativista do Alto Juruá (ilustração ao lado). Clique aqui para ler o artigo científico onde a nova espécie foi publicada.
Pedro Acevedo é pesquisador do Museu Smithsonian Institution, que tem sua sede na cidade de Washington, capital dos Estados Unidos. Ele é membro da American Society of Plant Taxonomists, da International Association of Plant Taxonomy, da Latin-American Botanical Society, da Organization for Flora Neotropica e da Sociedad Botanica del Ecuador.
Ilustrações: E. Ferreira, P. Acevedo e Alice Tangerini (ilustração originalmente publicada na descrição da espécie).
Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano
Está visitando o Herbário do Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre o pesquisador Pedro Acevedo-Rodriguez (foto ao lado), o maior especialista taxonômico mundial da família botânica Sapindaceae, que inclui o nosso conhecido 'guaraná'.
Durante sua estada de menos de 15 dias no Acre, Pedro Acevedo teve a oportunidade de fazer uma excursão botânica para a região do rio Jordão, no alto rio Tarauacá, de onde trouxe cerca de 300 amostras de plantas variadas que serão incorporadas ao acervo do Herbário da UFAC.
Em uma rápida conversa sobre a riqueza de Sapindaceae nas florestas acreanas, Pedro Acevedo informou que no Estado são encontrado 14 gêneros e aproximadamente 110 espécies nativas, das quais 50% pertencem ao grupo Paullinia (foto abaixo), no qual o Guaraná (Paullinia cupana Kunth) está classificado.
Os números apresentados por Acevedo indicam que a riqueza de gêneros de Sapindaceae no Acre é relativamente alta, tendo em vista que em toda a América do Sul são encontrados 31 gêneros. O Acre possui quase 50% deles. No tocante a diversidade de espécies, foram encontradas cerca de 12% do total registrado para a América do Sul, que é de 885. Esse baixo número, entretanto, está relacionado à baixa quantidade de amostras botânicas coletadas no Acre.
Possibilidade remota do guaraná ocorrer naturalmente no Acre
Ao ser questionado sobre a possibilidade do Guaraná ocorrer naturalmente no Acre, Acevedo informou que é remota, embora não impossível. Segundo ele, o material a partir do qual o guaraná foi descrito botanicamente foi coletado na Colômbia por Humboldt e Bonpland por volta de 1820 e é quase certo que as amostras foram colhidas em áreas cultivadas pois a cultura do guaraná na Amazônia pré-data a chegada dos portugueses e espanhóis à região.
Considerando que a cultura do Guaraná é amplamente difundida na região e em tempos passados essa difusão foi realizada por grupos indígenas, não se deve descartar a possibilidade de que indígenas acreanos tenham, de alguma forma, introduzido a cultura no Estado. A confirmação da ocorrência natural da espécie nas florestas naturais do Estado, entretanto, depende do aumento da quantidade de coletas botânicas da família.
A visita de Pedro Acevedo ao Acre é parte de um convênio de colaboração que a UFAC mantém com o Jardim Botânico de Nova Iorque e para os próximos meses estão previstas visitas ao Acre de outros taxonomistas renomados mundialmente.
Nova espécie de planta do Acre
Em 2008 ele descreveu Averrhoidium dalyi, uma nova espécie de Sapindaceae nativa da região da Reserva Extrativista do Alto Juruá (ilustração ao lado). Clique aqui para ler o artigo científico onde a nova espécie foi publicada.
Pedro Acevedo é pesquisador do Museu Smithsonian Institution, que tem sua sede na cidade de Washington, capital dos Estados Unidos. Ele é membro da American Society of Plant Taxonomists, da International Association of Plant Taxonomy, da Latin-American Botanical Society, da Organization for Flora Neotropica e da Sociedad Botanica del Ecuador.
Ilustrações: E. Ferreira, P. Acevedo e Alice Tangerini (ilustração originalmente publicada na descrição da espécie).
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