CRÔNICA DO DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Estupra mas não mata...
Felipe Cruz Mendonça
Blog Picaretas da Távola Redonda
Em plena semana do Dia Internacional da Mulher, vem da igreja o exemplo maior de como ainda as mulheres são vistas por boa parte de população. Foi noticia essa semana o aborto realizado numa menina de 9 anos, que estava grávida de gêmeos, fruto de um estupro feito pelo seu padrasto. Nada mais tenebroso o trauma passado pela criança e sua mãe.
Já não bastasse a dor da situação, o arcebispo de Olinda e Recife, d. José Cardoso Sobrinho resolveu se meter onde não havia sido chamado. Numa postura insensível e impertinente, vai a televisão dizer que todos os envolvidos no caso do aborto estavam excomungados da Igreja. Enfim até aí, sabendo do mal crônico que o Vaticano tem em não se sensibilizar com os dramas humanos, tudo bem. Que bom que a igreja só pode se restringir a isso... teve um tempo em que ela mandava pra fogueira.
No entanto, os argumentos do tal arcebispo mostram não só a postura conservadora da Igreja, mas também o quão a nossa sociedade ainda é conivente com a violência contra as mulheres. Quando questionado se o padrasto estuprador seria excomungado também, disse que não porque o estupro não figura entre os crimes considerados gravíssimos pela Igreja Católica e, que o aborto, é sim porque mata uma vida. Perceberam? A violência contra a mulher não é gravíssimo para a Igreja.
Ouvindo essa justificativa, não tive como não lembrar do já folclórico (graças a Deus!) Paulo Maluf que certa vez, disse "Pô! Estupra mas não mata". É exatamente isso que o senhor Jose Cardoso Sobrinho quis dizer.
Realmente foi de uma infelicidade o posicionamento público desse arcebispo. Ainda mais no Nordeste onde, como no Norte, a violência contra a mulher toma proporções de epidemia. Infelizmente, na semana do Dia Internacional da Mulher, vem da Igreja um "belo incentivo" as maldades contra as mulheres.
Felipe Cruz Mendonça
Blog Picaretas da Távola Redonda
Em plena semana do Dia Internacional da Mulher, vem da igreja o exemplo maior de como ainda as mulheres são vistas por boa parte de população. Foi noticia essa semana o aborto realizado numa menina de 9 anos, que estava grávida de gêmeos, fruto de um estupro feito pelo seu padrasto. Nada mais tenebroso o trauma passado pela criança e sua mãe.
Já não bastasse a dor da situação, o arcebispo de Olinda e Recife, d. José Cardoso Sobrinho resolveu se meter onde não havia sido chamado. Numa postura insensível e impertinente, vai a televisão dizer que todos os envolvidos no caso do aborto estavam excomungados da Igreja. Enfim até aí, sabendo do mal crônico que o Vaticano tem em não se sensibilizar com os dramas humanos, tudo bem. Que bom que a igreja só pode se restringir a isso... teve um tempo em que ela mandava pra fogueira.
No entanto, os argumentos do tal arcebispo mostram não só a postura conservadora da Igreja, mas também o quão a nossa sociedade ainda é conivente com a violência contra as mulheres. Quando questionado se o padrasto estuprador seria excomungado também, disse que não porque o estupro não figura entre os crimes considerados gravíssimos pela Igreja Católica e, que o aborto, é sim porque mata uma vida. Perceberam? A violência contra a mulher não é gravíssimo para a Igreja.
Ouvindo essa justificativa, não tive como não lembrar do já folclórico (graças a Deus!) Paulo Maluf que certa vez, disse "Pô! Estupra mas não mata". É exatamente isso que o senhor Jose Cardoso Sobrinho quis dizer.
Realmente foi de uma infelicidade o posicionamento público desse arcebispo. Ainda mais no Nordeste onde, como no Norte, a violência contra a mulher toma proporções de epidemia. Infelizmente, na semana do Dia Internacional da Mulher, vem da Igreja um "belo incentivo" as maldades contra as mulheres.
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