HORAS EXTRAS PAGAS NO SENADO EM JANEIRO
Blog do Josias informa que até agora apenas 6 senadores pediram o cancelamento de horas extras pagas aos funcionários em janeiro. Do Acre apenas Marina Silva fez a solicitação. Tião Viana, que passou o mês em campanha para a presidência da casa, ainda não informou se fará o mesmo
Blog do Josias
De um total de 81 senadores, apenas seis enviaram à direção do Senado pedidos de cancelamento das horas extras pagas aos funcionários de seus gabinetes em janeiro.
São eles: José Sarney (PMDB-AP), Aloizio Mercadante (PT-SP), Álvaro Dias (PSDB-PR), Katia Abreu (DEM-TO), Marina Silva (PT-AC) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Ficou nisso, por ora, a reação do Senado à farra das horas extras. Um escândalo que veio à tona na última terça (10).
Nesse dia, os repórteres Adriano Ceolin e Andraza Matais revelaram que o Senado torrara R$ 6,2 milhões no pagamento de horas extras a 3.883 funcionários em janeiro.
Um mês em que os senadores estavam de férias e o prédio de Niemeyer permanecera às moscas.
A ofensa à bolsa da Viúva fora autorizada por Efraim Morais (DEM-PB) em 29 de janeiro, três dias antes de o senador deixar a primeira-secretaria do Senado.
Cabe à primeira-secretaria gerir o Orçamento do Senado. Coisa de R$ 2,7 bilhões para o ano de 2009.
Sucessor de Efraim no comando das arcas da Câmara Alta, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) anunciou, para o futuro, a instalação de um ponto eletrônico.
E quanto ao passado? "Não caberia uma caça às bruxas”, disse Heráclito. “Apelo aos gabinetes para que vejam quem realmente trabalhou".
Ou seja, transferiu-se para os senadores a incumbência de identificar os servidores que atingiram o ideal de todo trabalhador: a paga sem o inconveniente do suor.
No dia que a novidade foi pendurada na manchete da Folha, José Sarney, o presidente do Senado, chamara o fenômeno das horas extras imotivadas pelo nome: “Absurdo”.
Sarney falara em “medidas efetivas” para restituir o decoro. Mencionara providências “até mesmo radicais”.
A radicalidade ficou limitada, porém, a um apelo à devolução do dinheiro. Disse Sarney:
"Não quero dar conselho a ninguém, mas acho que seria a melhor maneira de erguer a imagem da instituição...”
“...Isso é uma decisão de cada um [dos senadores], mas seria uma boa solução para todos nós".
Heráclito concedeu um refresco aos funcionários que, por ordem eventual dos chefes, tivessem de devolver os extras injustificados.
Disse que a restituição poderia ser feita em dez módicas prestações. Ainda assim, apenas seis senadores se dignaram, por enquanto, a homenagear o bom senso.
Na Câmara, também noticiaram Ceolin e Matais, as horas extras de janeiro foram aos contraceques de 610 funcionários.
Ali, a emboscada custou à Viúva R$ 653 mil. E não há, até o momento, vestígio da intenção de devolver.
NOTA DO BLOG: A imprensa às vezes omite aspectos das notícias que levam os leitores a julgar erroneamente alguns fatos. Nesse caso das horas extras pagas em janeiro é importante lembrar que no início de fevereiro aconteceram eleições no Senado e na Câmara. Portanto, ambas as casas estiveram movimentadas no mês anterior, tanto por legisladores que concorriam ou faziam campanha por seus pares, como pelos servidores que se encarregaram de organizar os pleitos. Não foi um mês de movimento normal, mas seguramente não foi um mês típico de recesso parlamentar. E pelo que sabemos, servidor público não trabalha de graça. Na minha opinião o Senador Tião Viana, que participou da eleição no Senado, tem como justificar a movimentação havida em seu gabinete e não deveria solicitar o cancelamento dos pagamentos dos servidores que lhe apoiaram no período. No caso da Senadora Marina Silva, a solicitação de cancelamento do pagamento fica mais que justificada.
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De um total de 81 senadores, apenas seis enviaram à direção do Senado pedidos de cancelamento das horas extras pagas aos funcionários de seus gabinetes em janeiro.
São eles: José Sarney (PMDB-AP), Aloizio Mercadante (PT-SP), Álvaro Dias (PSDB-PR), Katia Abreu (DEM-TO), Marina Silva (PT-AC) e Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Ficou nisso, por ora, a reação do Senado à farra das horas extras. Um escândalo que veio à tona na última terça (10).
Nesse dia, os repórteres Adriano Ceolin e Andraza Matais revelaram que o Senado torrara R$ 6,2 milhões no pagamento de horas extras a 3.883 funcionários em janeiro.
Um mês em que os senadores estavam de férias e o prédio de Niemeyer permanecera às moscas.
A ofensa à bolsa da Viúva fora autorizada por Efraim Morais (DEM-PB) em 29 de janeiro, três dias antes de o senador deixar a primeira-secretaria do Senado.
Cabe à primeira-secretaria gerir o Orçamento do Senado. Coisa de R$ 2,7 bilhões para o ano de 2009.
Sucessor de Efraim no comando das arcas da Câmara Alta, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) anunciou, para o futuro, a instalação de um ponto eletrônico.
E quanto ao passado? "Não caberia uma caça às bruxas”, disse Heráclito. “Apelo aos gabinetes para que vejam quem realmente trabalhou".
Ou seja, transferiu-se para os senadores a incumbência de identificar os servidores que atingiram o ideal de todo trabalhador: a paga sem o inconveniente do suor.
No dia que a novidade foi pendurada na manchete da Folha, José Sarney, o presidente do Senado, chamara o fenômeno das horas extras imotivadas pelo nome: “Absurdo”.
Sarney falara em “medidas efetivas” para restituir o decoro. Mencionara providências “até mesmo radicais”.
A radicalidade ficou limitada, porém, a um apelo à devolução do dinheiro. Disse Sarney:
"Não quero dar conselho a ninguém, mas acho que seria a melhor maneira de erguer a imagem da instituição...”
“...Isso é uma decisão de cada um [dos senadores], mas seria uma boa solução para todos nós".
Heráclito concedeu um refresco aos funcionários que, por ordem eventual dos chefes, tivessem de devolver os extras injustificados.
Disse que a restituição poderia ser feita em dez módicas prestações. Ainda assim, apenas seis senadores se dignaram, por enquanto, a homenagear o bom senso.
Na Câmara, também noticiaram Ceolin e Matais, as horas extras de janeiro foram aos contraceques de 610 funcionários.
Ali, a emboscada custou à Viúva R$ 653 mil. E não há, até o momento, vestígio da intenção de devolver.
NOTA DO BLOG: A imprensa às vezes omite aspectos das notícias que levam os leitores a julgar erroneamente alguns fatos. Nesse caso das horas extras pagas em janeiro é importante lembrar que no início de fevereiro aconteceram eleições no Senado e na Câmara. Portanto, ambas as casas estiveram movimentadas no mês anterior, tanto por legisladores que concorriam ou faziam campanha por seus pares, como pelos servidores que se encarregaram de organizar os pleitos. Não foi um mês de movimento normal, mas seguramente não foi um mês típico de recesso parlamentar. E pelo que sabemos, servidor público não trabalha de graça. Na minha opinião o Senador Tião Viana, que participou da eleição no Senado, tem como justificar a movimentação havida em seu gabinete e não deveria solicitar o cancelamento dos pagamentos dos servidores que lhe apoiaram no período. No caso da Senadora Marina Silva, a solicitação de cancelamento do pagamento fica mais que justificada.
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