PESSOAS PERDIDAS REALMENTE ANDAM EM CÍRCULOS
Quando ficam sem meio de orientação, pessoas fazem curvas e desvios, mesmo acreditando que andam reto
Associated Press/Estadão.com
[Jan Souman (direita) acompanha voluntária com os olhos vendados em caminhada]
Associated Press
Jan Souman (direita) acompanha voluntária com os olhos vendados em caminhada
TÜBINGEN, Alemanha - De acordo com uma pesquisa realizada com uso de sistemas de posicionamento global, o mito de que as pessoas que tentam andar em linha reta acabam descrevendo círculos é mesmo um fato.
O estudo foi realizado por pesquisadores do Instituto Max Planck de Cibernética Biológica e publicado na edição desta quinta-feira da revista Current Biology.
"O que descobrimos foi que as pessoas realmente andam em círculos", disse o principal investigador, Jan Souman. Ele afirmou que estudos realizados com nove pessoas, andando no deserto ou em florestas, determinou que todas tendiam a andar em círculos ou a se desviar do caminho reto, se não houvesse pontos de referência para orientá-las.
No deserto, Souman disse que duas pessoas foram instruídas a andar em linha reta durante todo o dia. Embora nenhuma delas tenha chegado a completar um círculo, ambas adernaram em relação à reta.
Uma terceira caminhou à noite, tendo a luz da lua cheia como orientação, mas quando a lua era obscurecida por nuvens, acabou voltando na direção por onde tinha vindo.
Em outro teste, seis estudantes foram levados a uma grande floresta de terreno plano e orientados a andar em linha reta. Quatro deles caminharam sob um céu encoberto. Esses acabaram andando em círculos, mesmo pensando que iam reto.
Os outros dois conseguiram se manter razoavelmente no caminho certo, mas Souman disse que isso só aconteceu porque o sol estava visível. "As pessoas que andaram em círculos na floresta não conseguiam ver o sol", disse. Todos os nove andarilhos foram rastreados por GPS e suas rotas foram mapeadas digitalmente.
Quando privadas totalmente de orientação - com olhos vendados e ouvidos tapados - "as pessoas fizeram todo tipo de coisa", disse Souman.
"Um ia sempre em círculos. Outro fez ziguezague. Foi muito difícil achar o denominador comum". Testes similares em ambientes de realidade virtual geraram resultados semelhantes.
O motivo dos testes, disse Souman, é ajudar a mapear como o cérebro humano distingue os vários estímulos dos sentidos para orientar e navegar o corpo.
Associated Press/Estadão.com
[Jan Souman (direita) acompanha voluntária com os olhos vendados em caminhada]
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Jan Souman (direita) acompanha voluntária com os olhos vendados em caminhada
TÜBINGEN, Alemanha - De acordo com uma pesquisa realizada com uso de sistemas de posicionamento global, o mito de que as pessoas que tentam andar em linha reta acabam descrevendo círculos é mesmo um fato.
O estudo foi realizado por pesquisadores do Instituto Max Planck de Cibernética Biológica e publicado na edição desta quinta-feira da revista Current Biology.
"O que descobrimos foi que as pessoas realmente andam em círculos", disse o principal investigador, Jan Souman. Ele afirmou que estudos realizados com nove pessoas, andando no deserto ou em florestas, determinou que todas tendiam a andar em círculos ou a se desviar do caminho reto, se não houvesse pontos de referência para orientá-las.
No deserto, Souman disse que duas pessoas foram instruídas a andar em linha reta durante todo o dia. Embora nenhuma delas tenha chegado a completar um círculo, ambas adernaram em relação à reta.
Uma terceira caminhou à noite, tendo a luz da lua cheia como orientação, mas quando a lua era obscurecida por nuvens, acabou voltando na direção por onde tinha vindo.
Em outro teste, seis estudantes foram levados a uma grande floresta de terreno plano e orientados a andar em linha reta. Quatro deles caminharam sob um céu encoberto. Esses acabaram andando em círculos, mesmo pensando que iam reto.
Os outros dois conseguiram se manter razoavelmente no caminho certo, mas Souman disse que isso só aconteceu porque o sol estava visível. "As pessoas que andaram em círculos na floresta não conseguiam ver o sol", disse. Todos os nove andarilhos foram rastreados por GPS e suas rotas foram mapeadas digitalmente.
Quando privadas totalmente de orientação - com olhos vendados e ouvidos tapados - "as pessoas fizeram todo tipo de coisa", disse Souman.
"Um ia sempre em círculos. Outro fez ziguezague. Foi muito difícil achar o denominador comum". Testes similares em ambientes de realidade virtual geraram resultados semelhantes.
O motivo dos testes, disse Souman, é ajudar a mapear como o cérebro humano distingue os vários estímulos dos sentidos para orientar e navegar o corpo.
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