MANEJO DE QUELÖNIOS NO JURUÁ
SOS Amazônia presta assistência técnica para manejo da espécie no Alto Juruá
Soltura de quelônios no interior do Estado
Raimundo Cavalcante
Jornal Página 20
[Moradores de comunidades do Juruá participam da soltura de quelônios]
Moradores das comunidades do Rio Juruá e Juruá Mirim participaram nos dias 19 a 26 de novembro da soltura de quelônios. A ação teve o apoio e assessoria técnica da SOS Amazônia através do Projeto: "Fortalecendo a Integração Fronteiriça do Acre – Ucayali."
Segundo a engenheira florestal, Anelena Carvalho, da SOS Amazônia, as ações contribuem para a preservação das tartarugas, iaçás e tracajás do Alto Juruá, de forma integrada com as comunidades ribeirinhas localizadas no Alto Juruá.
As ações desenvolvidas pela SOS Amazônia, junto aos manejadores de quelônios na região, conta atualmente com o apoio da OTCA/GTZ e do consorcio MABE.
“Atualmente, através de ações voluntárias dos monitores, são monitoradas três espécies de quelônios na região: a tartaruga (Podocnemis expansa), ameaçada de extinção; o iaçá (Podocnemis sextuberculata) e o tracajá (Podocnemis unifilis), considerados uma iguaria da culinária local”, explicou Anelena.
“Nove espécies de quelônios estão em fase de extinção, devido à caça predatória. Assim, somente um terço dos quelônios terrestre e aquáticos ainda pode ser considerado fora de perigo”, esclarece Anelena.
A degradação do habitat natural dos quelônios, pela ação humana, também é observada na região do Alto Juruá. Segundo João Ricardo dos Santos, da comunidade Porto Seguro, o trabalho de monitoramento de quelônios está ficando cada vez mais complicado, devido à falta de conscientização das pessoas.
“Os próprios moradores da comunidade passam varias horas por dia capturando grandes quantidades de tracajás e pirarucu para vender na cidade”, afirma João.
Em virtude da atual situação da população de quelônios na região, a SOS Amazônia vêm prestando assessoria técnica aos manejadores para a manutenção permanente destas espécies na natureza.
Na soltura realizada no mês de novembro, foram devolvidos à natureza 1.390 filhotes, com a participação voluntária de crianças, familiares, manejadores e vizinhos das áreas de realização do monitoramento.
As tartarugas são os maiores quelônios de água doce da América do Sul, podendo atingir pouco mais de um metro de comprimento (a média dos animais adultos encontrados é de 75 centímetros), pesar 60 quilos, o que resulta em um animal muito grande e pesado, quando fora da água torna-se uma presa fácil para os predadores. Esta espécie, apesar de está classificada como Baixo Risco, sua esticão não está descartada pela International Union for the Conservation of Nature (IUCN) de 2004 e no Apêndice II da Convention on International Trade in Endangered Species (CITES).
“É visível a necessidade de ampliarmos a parceria com aliados locais, entre eles o ICMBio, visando um melhor resultado, tanto nas questões do monitoramento de quelônios quanto as outras atividades ilegais que ocorre nas áreas de conservação, explica Anelena.
O Projeto pretende dar continuidade às ações que contribuam para a preservação das tartarugas, iaçás e tracajás do Alto Juruá, de forma integrada com as comunidades ribeirinhas, localizadas no Parque Nacional da Serra do Divisor e na RESEX Alto Juruá.
“Acreditamos que informar a população e despertar nela a necessidade de sua participação na gestão dos recursos naturais resulta em modificações duradouras e positivas em sua relação com essas e as demais espécies”, concluiu Anelena.
Soltura de quelônios no interior do Estado
Raimundo Cavalcante
Jornal Página 20
[Moradores de comunidades do Juruá participam da soltura de quelônios]
Moradores das comunidades do Rio Juruá e Juruá Mirim participaram nos dias 19 a 26 de novembro da soltura de quelônios. A ação teve o apoio e assessoria técnica da SOS Amazônia através do Projeto: "Fortalecendo a Integração Fronteiriça do Acre – Ucayali."
Segundo a engenheira florestal, Anelena Carvalho, da SOS Amazônia, as ações contribuem para a preservação das tartarugas, iaçás e tracajás do Alto Juruá, de forma integrada com as comunidades ribeirinhas localizadas no Alto Juruá.
As ações desenvolvidas pela SOS Amazônia, junto aos manejadores de quelônios na região, conta atualmente com o apoio da OTCA/GTZ e do consorcio MABE.
“Atualmente, através de ações voluntárias dos monitores, são monitoradas três espécies de quelônios na região: a tartaruga (Podocnemis expansa), ameaçada de extinção; o iaçá (Podocnemis sextuberculata) e o tracajá (Podocnemis unifilis), considerados uma iguaria da culinária local”, explicou Anelena.
“Nove espécies de quelônios estão em fase de extinção, devido à caça predatória. Assim, somente um terço dos quelônios terrestre e aquáticos ainda pode ser considerado fora de perigo”, esclarece Anelena.
A degradação do habitat natural dos quelônios, pela ação humana, também é observada na região do Alto Juruá. Segundo João Ricardo dos Santos, da comunidade Porto Seguro, o trabalho de monitoramento de quelônios está ficando cada vez mais complicado, devido à falta de conscientização das pessoas.
“Os próprios moradores da comunidade passam varias horas por dia capturando grandes quantidades de tracajás e pirarucu para vender na cidade”, afirma João.
Em virtude da atual situação da população de quelônios na região, a SOS Amazônia vêm prestando assessoria técnica aos manejadores para a manutenção permanente destas espécies na natureza.
Na soltura realizada no mês de novembro, foram devolvidos à natureza 1.390 filhotes, com a participação voluntária de crianças, familiares, manejadores e vizinhos das áreas de realização do monitoramento.
As tartarugas são os maiores quelônios de água doce da América do Sul, podendo atingir pouco mais de um metro de comprimento (a média dos animais adultos encontrados é de 75 centímetros), pesar 60 quilos, o que resulta em um animal muito grande e pesado, quando fora da água torna-se uma presa fácil para os predadores. Esta espécie, apesar de está classificada como Baixo Risco, sua esticão não está descartada pela International Union for the Conservation of Nature (IUCN) de 2004 e no Apêndice II da Convention on International Trade in Endangered Species (CITES).
“É visível a necessidade de ampliarmos a parceria com aliados locais, entre eles o ICMBio, visando um melhor resultado, tanto nas questões do monitoramento de quelônios quanto as outras atividades ilegais que ocorre nas áreas de conservação, explica Anelena.
O Projeto pretende dar continuidade às ações que contribuam para a preservação das tartarugas, iaçás e tracajás do Alto Juruá, de forma integrada com as comunidades ribeirinhas, localizadas no Parque Nacional da Serra do Divisor e na RESEX Alto Juruá.
“Acreditamos que informar a população e despertar nela a necessidade de sua participação na gestão dos recursos naturais resulta em modificações duradouras e positivas em sua relação com essas e as demais espécies”, concluiu Anelena.
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