O PRIMEIRO LP DE ROBERTO CARLOS: "O FILHO RENEGADO"
'Louco por você", o álbum que Roberto Carlos amaldiçoou logo depois de gravar há 50 anos, pode ser relançado. O disco atira em várias direções: Roberto canta bolero, bossa nova, chachachá, rockabilly e baladas. Segundo se comenta, uma tremenda desafinação, logo na primeira faixa do LP, é o motivo principal pelo qual Roberto viria renegar o disco
O filho renegado
22 de janeiro de 2011
Lauro Lisboa Garcia - O Estado de S.Paulo
[Capa do primeiro LP de Roberto Carlos. O único que não contém uma foto do cantor. A foto do casal romântico foi surrupiada de um album do organista Ken Griffin]
Volta e meia surge o boato de que finalmente o primeiro álbum de Roberto Carlos, Louco por Você (1961), vai ser relançado. Em várias entrevistas ao longo dos anos, o cantor desconversou quando se perguntava por qual motivo ele havia renegado sua estreia em LP. Agora, em entrevista ao Estado, no fim de dezembro, ele admitiu que neste ano, em que o disco completa 50 anos, pode sair em CD.
Atualmente avaliado em torno de R$ 5 mil, o original em vinil é um dos discos brasileiros mais caros e mais cobiçados por colecionadores. São raros os que se encontram em bom estado de conservação. Quem tem um desses exemplares em condições impecáveis é Celso Luís Marcílio, colecionador e proprietário de um dos sebos de vinil de São Paulo mais ricos em qualidade e raridades brasileiras, Cel-Som Discos (Rua 24 de Maio, 188, ljs. 116/118, tel. 3337-5631). "Este é o melhor de todos que já tive. Troquei por um autografado por Roberto, que vale mais, mas não estava tão bom", diz Celso.
Produzido por Carlos Imperial, Louco por Você já saiu em várias versões piratas em CD desde os anos 1990 e tem diversos links para ser baixado de graça na internet. Isso porém, não faz diminuir o valor do original. Valendo mais como curiosidade do que pelo primor artístico, o disco atira em várias direções. Entre canções de Imperial e versões dos hits Careful, Careful, Mr. Sandman, Cry Me a River e Look for a Star, Roberto canta bolero, bossa nova, chachachá, rockabilly e baladas. Essa indefinição e a futilidade de boa parte das letras realmente não são motivo de orgulho.
Curiosamente, Imperial fez algo idêntico naquele mesmo 1961 com a jovem Elis Regina, manipulada para ser concorrente de Celly Campello em Viva a Brotolândia. Já adulta, Elis jamais permitiu que o disco (bem como o segundo, Poema de Amor) fosse relançado, o que se deu só depois de sua morte em 1982. Hoje, o original de Viva a Brotolândia em vinil custa mais de R$ 500 em bom estado. Roberto e Elis, duas grandes vozes com ingênuos e duvidosos cartões de visita.
Sobre Louco por Você, há controvérsias até em relação ao mês de lançamento. Uns dizem que o disco saiu em janeiro de 1961, outros apontam setembro. O número de cópias pode ter sido em torno de 3.500, mas no livro Roberto Carlos em Detalhes (também renegado pelo cantor e tirado de circulação por ordem judicial), o autor Paulo César de Araújo afirma que foram vendidos apenas 512 exemplares. Para o futuro campeão de popularidade no Brasil, o primeiro a atingir 1 milhão de cópias vendidas a partir da década de 1970, aquilo era um fiasco fenomenal.
O problema não era só esse. Roberto estava apenas começando, vinha de imitar João Gilberto como cantor mascarado no Programa do Chacrinha. Lançou o primeiro compacto em 1959, justamente emulando o estilo de João, com duas bossas do big boss Imperial, Fora do Tom e João e Maria.
Desafinado. Em Fora do Tom, com letra citando vários clássicos instantâneos da bossa nova, Roberto cantava, como quem cospe no prato em que comeu: "No tom que vocês cantam/ Eu não posso nem falar/ Nem quero imaginar/ Que desafinação/ Se todos fossem iguais a vocês." Ironicamente, pode ter sido uma tremenda desafinação, logo na primeira faixa de Louco por Você, o motivo principal pelo qual Roberto viria renegar o disco.
Araújo conta no livro que Roberto teria reconhecido a desafinação num verso do bolero Não É por Mim. Imperial não o autorizou a fazer um outro take. A gravação foi colocada à prova para Tito Madi, ídolo de Roberto, dar seu parecer. Tito achou que Roberto tinha apenas "semitonado", não desafinado. Era só colocar um pouco de efeito de eco para disfarçar. Porém, assim que o disco saiu, todos que ouviram confirmavam: ele realmente desafinou. Naquela época isso era inaceitável.
O disco teve direção artística de Roberto Corte Real, e foi gravado com o acompanhamento de Astor e Sua Orquestra. Ambos, como Imperial, estão mortos, e quase ninguém se lembra mais da história daquela gravação. Dos músicos que acompanham Roberto há décadas, nenhum participou de Louco por Você.
Técnico de som do cantor desde 1965, Genival Barros diz que não acredita que essa desafinação seja o motivo de seu desagrado. "Naquela época era gravado tudo junto, não havia divisão por canais. Então não dá realmente para fazer uma remasterização para melhorar o som. O problema de desafinação, se é que houve, seria resolvido facilmente hoje com Pro-tools. Cada um conta uma história, mas acho que essa não procede muito."
Há quem diga até que o questionamento da existência de Deus na letra do mesmo bolero, seja outro incômodo para Roberto. Ele também não gostou da capa (a única de sua discografia sem seu rosto) surrupiada de um álbum do organista Ken Griffin.
Wanderléa, então com 15 anos, conheceu Roberto logo depois do lançamento de Louco por Você. Foi vê-lo numa caravana de vários artistas. Havia apenas uns gatos pingados na plateia, além dela, que não o conhecia. "Fiquei encantada com a apresentação dele, com seu violãozinho cantando Mr. Sandman", lembra. "Ele cantava lisinho como Anísio Silva, Tito Madi, de quem eu gostava e não tinham a voz empostada como outros cantores da época."
Já contratada da Columbia, como ele, Wanderléa seria o par feminino ideal para o público jovem visado pela gravadora. "Ver Roberto ali foi um grande incentivo." Mesmo gostando dele, a cantora não foi atrás do disco. E nem se lembra se tem hoje em casa.
Raridades custam muito. Mas valem?
Lauro Lisboa Garcia - O Estado de S.Paulo
Se sair em CD ou mesmo em vinil, um título raro perde um pouco o valor, mas não muito. "Colecionador quer sempre o original", diz Marcelo di Giácomo, da Discomania (Rua Augusta, 560, tel. 3257-2925). Ele tem uma cópia de Louco por Você "em mau estado", valendo R$ 2.500. " O valor máximo que esse disco pode ter hoje bem conservado é de R$ 6 mil, mas ninguém paga isso. Vão pagar R$ 4 mil. Valer é uma coisa, pagar é outra. Há o preço virtual, o estimativo, o venal, o real. Fica subjetivo estipular um valor."
Outro dos álbuns brasileiros mais raros e caros é Paêbirú (1975), de Zé Ramalho e Lula Côrtes, que pode chegar a R$ 5 mil. O mesmo valor astronômico atinge Geração Bendita (1971), do obscuro grupo Spectrum. Cópias recentes desses discos, feitas na Europa, chegam a R$ 750,
O vinil original do clássico Coisas (1965), de Moacir Santos, é outro top de linha entre as raridades colecionáveis. Um exemplar em estado razoável de conservação está avaliado em torno de US$ 2.500 em sites de leilão internacionais. Até mesmo a edição oficial em CD já está fora de catálogo e um novo não se encontra por menos de US$ 70.
Preço condicionado. O disco nem precisa ser tão genial como o de Moacir para valer tanto. É o caso de Paêbirú e da trilha sonora do filme Brasil Ano 2000 (1969), de Rogério Duprat, com a voz de Gal Costa em quatro faixas, valendo até R$ 4 mil. A compilação Let Me Sing My Rock"n"Roll, feita pelo fã-clube de Raul Seixas, em série limitada de mil cópias numeradas custa R$ 2.500 na Baratos Afins (Av. São João, 439, 2.º andar, lojas 314/318, tel. 3223-3629).
"Esse nunca viu agulha", garante o proprietário Luiz Calanca. "Agora reeditaram Acabou Chorare, dos Novos Baianos por R$ 140. Acho caro, mas os clientes não chiaram porque já pagavam R$ 150 por um usado. Quando um disco sai em CD, ao contrário do que se pensa, o vinil valoriza mais, porque instiga quem gosta de música a ir atrás do original", avalia. Muitos desses discos não valem tanto, mas como alguém estipula um preço alto, "fica condicionado", diz Calanca.
Com o novo modismo do vinil e o declínio da venda de CDs, além do fetiche dos colecionadores sérios, os bolachões continuam em alta. As bolachinhas também. Há compactos mais caros do que os LPs, como é o caso de O"Seis (leia ao lado). O que Jô Soares gravou em 1963 com o rock Vampiro vale R$ 2 mil na Discomania. "É o mais raro, não pela qualidade musical", diz Giácomo. O primeiro de Gal Costa (com Sim, Foi Você, de Caetano Veloso e Eu Vim da Bahia, de Gilberto Gil), quando ainda assinava Maria da Graça, é avaliado em R$ 300. Se alguém vai pagar por isso é outra questão.
O mais caro
O compacto de O"Seis (pré-Mutantes), com as canções Suicida e Apocalipse, é talvez o disco brasileiro mais valioso. Um original raro, de 1966, foi vendido por US$ 5 mil (R$ 8,365 mil pela cotação de ontem) para um americano da Califórnia, como comprovado no documentário Beyond Ipanema, de Béco Dranoff e Guto Barra. Cópias não autorizadas feitas recentemente nos EUA, com razoável qualidade de som, encontram-se à venda no Mercado Livre por R$ 190.
O filho renegado
22 de janeiro de 2011
Lauro Lisboa Garcia - O Estado de S.Paulo
[Capa do primeiro LP de Roberto Carlos. O único que não contém uma foto do cantor. A foto do casal romântico foi surrupiada de um album do organista Ken Griffin]
Volta e meia surge o boato de que finalmente o primeiro álbum de Roberto Carlos, Louco por Você (1961), vai ser relançado. Em várias entrevistas ao longo dos anos, o cantor desconversou quando se perguntava por qual motivo ele havia renegado sua estreia em LP. Agora, em entrevista ao Estado, no fim de dezembro, ele admitiu que neste ano, em que o disco completa 50 anos, pode sair em CD.
Atualmente avaliado em torno de R$ 5 mil, o original em vinil é um dos discos brasileiros mais caros e mais cobiçados por colecionadores. São raros os que se encontram em bom estado de conservação. Quem tem um desses exemplares em condições impecáveis é Celso Luís Marcílio, colecionador e proprietário de um dos sebos de vinil de São Paulo mais ricos em qualidade e raridades brasileiras, Cel-Som Discos (Rua 24 de Maio, 188, ljs. 116/118, tel. 3337-5631). "Este é o melhor de todos que já tive. Troquei por um autografado por Roberto, que vale mais, mas não estava tão bom", diz Celso.
Produzido por Carlos Imperial, Louco por Você já saiu em várias versões piratas em CD desde os anos 1990 e tem diversos links para ser baixado de graça na internet. Isso porém, não faz diminuir o valor do original. Valendo mais como curiosidade do que pelo primor artístico, o disco atira em várias direções. Entre canções de Imperial e versões dos hits Careful, Careful, Mr. Sandman, Cry Me a River e Look for a Star, Roberto canta bolero, bossa nova, chachachá, rockabilly e baladas. Essa indefinição e a futilidade de boa parte das letras realmente não são motivo de orgulho.
Curiosamente, Imperial fez algo idêntico naquele mesmo 1961 com a jovem Elis Regina, manipulada para ser concorrente de Celly Campello em Viva a Brotolândia. Já adulta, Elis jamais permitiu que o disco (bem como o segundo, Poema de Amor) fosse relançado, o que se deu só depois de sua morte em 1982. Hoje, o original de Viva a Brotolândia em vinil custa mais de R$ 500 em bom estado. Roberto e Elis, duas grandes vozes com ingênuos e duvidosos cartões de visita.
Sobre Louco por Você, há controvérsias até em relação ao mês de lançamento. Uns dizem que o disco saiu em janeiro de 1961, outros apontam setembro. O número de cópias pode ter sido em torno de 3.500, mas no livro Roberto Carlos em Detalhes (também renegado pelo cantor e tirado de circulação por ordem judicial), o autor Paulo César de Araújo afirma que foram vendidos apenas 512 exemplares. Para o futuro campeão de popularidade no Brasil, o primeiro a atingir 1 milhão de cópias vendidas a partir da década de 1970, aquilo era um fiasco fenomenal.
O problema não era só esse. Roberto estava apenas começando, vinha de imitar João Gilberto como cantor mascarado no Programa do Chacrinha. Lançou o primeiro compacto em 1959, justamente emulando o estilo de João, com duas bossas do big boss Imperial, Fora do Tom e João e Maria.
Desafinado. Em Fora do Tom, com letra citando vários clássicos instantâneos da bossa nova, Roberto cantava, como quem cospe no prato em que comeu: "No tom que vocês cantam/ Eu não posso nem falar/ Nem quero imaginar/ Que desafinação/ Se todos fossem iguais a vocês." Ironicamente, pode ter sido uma tremenda desafinação, logo na primeira faixa de Louco por Você, o motivo principal pelo qual Roberto viria renegar o disco.
Araújo conta no livro que Roberto teria reconhecido a desafinação num verso do bolero Não É por Mim. Imperial não o autorizou a fazer um outro take. A gravação foi colocada à prova para Tito Madi, ídolo de Roberto, dar seu parecer. Tito achou que Roberto tinha apenas "semitonado", não desafinado. Era só colocar um pouco de efeito de eco para disfarçar. Porém, assim que o disco saiu, todos que ouviram confirmavam: ele realmente desafinou. Naquela época isso era inaceitável.
O disco teve direção artística de Roberto Corte Real, e foi gravado com o acompanhamento de Astor e Sua Orquestra. Ambos, como Imperial, estão mortos, e quase ninguém se lembra mais da história daquela gravação. Dos músicos que acompanham Roberto há décadas, nenhum participou de Louco por Você.
Técnico de som do cantor desde 1965, Genival Barros diz que não acredita que essa desafinação seja o motivo de seu desagrado. "Naquela época era gravado tudo junto, não havia divisão por canais. Então não dá realmente para fazer uma remasterização para melhorar o som. O problema de desafinação, se é que houve, seria resolvido facilmente hoje com Pro-tools. Cada um conta uma história, mas acho que essa não procede muito."
Há quem diga até que o questionamento da existência de Deus na letra do mesmo bolero, seja outro incômodo para Roberto. Ele também não gostou da capa (a única de sua discografia sem seu rosto) surrupiada de um álbum do organista Ken Griffin.
Wanderléa, então com 15 anos, conheceu Roberto logo depois do lançamento de Louco por Você. Foi vê-lo numa caravana de vários artistas. Havia apenas uns gatos pingados na plateia, além dela, que não o conhecia. "Fiquei encantada com a apresentação dele, com seu violãozinho cantando Mr. Sandman", lembra. "Ele cantava lisinho como Anísio Silva, Tito Madi, de quem eu gostava e não tinham a voz empostada como outros cantores da época."
Já contratada da Columbia, como ele, Wanderléa seria o par feminino ideal para o público jovem visado pela gravadora. "Ver Roberto ali foi um grande incentivo." Mesmo gostando dele, a cantora não foi atrás do disco. E nem se lembra se tem hoje em casa.
Raridades custam muito. Mas valem?
Lauro Lisboa Garcia - O Estado de S.Paulo
Se sair em CD ou mesmo em vinil, um título raro perde um pouco o valor, mas não muito. "Colecionador quer sempre o original", diz Marcelo di Giácomo, da Discomania (Rua Augusta, 560, tel. 3257-2925). Ele tem uma cópia de Louco por Você "em mau estado", valendo R$ 2.500. " O valor máximo que esse disco pode ter hoje bem conservado é de R$ 6 mil, mas ninguém paga isso. Vão pagar R$ 4 mil. Valer é uma coisa, pagar é outra. Há o preço virtual, o estimativo, o venal, o real. Fica subjetivo estipular um valor."
Outro dos álbuns brasileiros mais raros e caros é Paêbirú (1975), de Zé Ramalho e Lula Côrtes, que pode chegar a R$ 5 mil. O mesmo valor astronômico atinge Geração Bendita (1971), do obscuro grupo Spectrum. Cópias recentes desses discos, feitas na Europa, chegam a R$ 750,
O vinil original do clássico Coisas (1965), de Moacir Santos, é outro top de linha entre as raridades colecionáveis. Um exemplar em estado razoável de conservação está avaliado em torno de US$ 2.500 em sites de leilão internacionais. Até mesmo a edição oficial em CD já está fora de catálogo e um novo não se encontra por menos de US$ 70.
Preço condicionado. O disco nem precisa ser tão genial como o de Moacir para valer tanto. É o caso de Paêbirú e da trilha sonora do filme Brasil Ano 2000 (1969), de Rogério Duprat, com a voz de Gal Costa em quatro faixas, valendo até R$ 4 mil. A compilação Let Me Sing My Rock"n"Roll, feita pelo fã-clube de Raul Seixas, em série limitada de mil cópias numeradas custa R$ 2.500 na Baratos Afins (Av. São João, 439, 2.º andar, lojas 314/318, tel. 3223-3629).
"Esse nunca viu agulha", garante o proprietário Luiz Calanca. "Agora reeditaram Acabou Chorare, dos Novos Baianos por R$ 140. Acho caro, mas os clientes não chiaram porque já pagavam R$ 150 por um usado. Quando um disco sai em CD, ao contrário do que se pensa, o vinil valoriza mais, porque instiga quem gosta de música a ir atrás do original", avalia. Muitos desses discos não valem tanto, mas como alguém estipula um preço alto, "fica condicionado", diz Calanca.
Com o novo modismo do vinil e o declínio da venda de CDs, além do fetiche dos colecionadores sérios, os bolachões continuam em alta. As bolachinhas também. Há compactos mais caros do que os LPs, como é o caso de O"Seis (leia ao lado). O que Jô Soares gravou em 1963 com o rock Vampiro vale R$ 2 mil na Discomania. "É o mais raro, não pela qualidade musical", diz Giácomo. O primeiro de Gal Costa (com Sim, Foi Você, de Caetano Veloso e Eu Vim da Bahia, de Gilberto Gil), quando ainda assinava Maria da Graça, é avaliado em R$ 300. Se alguém vai pagar por isso é outra questão.
O mais caro
O compacto de O"Seis (pré-Mutantes), com as canções Suicida e Apocalipse, é talvez o disco brasileiro mais valioso. Um original raro, de 1966, foi vendido por US$ 5 mil (R$ 8,365 mil pela cotação de ontem) para um americano da Califórnia, como comprovado no documentário Beyond Ipanema, de Béco Dranoff e Guto Barra. Cópias não autorizadas feitas recentemente nos EUA, com razoável qualidade de som, encontram-se à venda no Mercado Livre por R$ 190.
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Com faço para adquirir este disco
Prof Paulo Nogueira
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