ACRE SELVAGEM!
Jibóia x Cachorro do Mato
As imagens são fortes para alguns, mas raramente a gente tem a chance de ver "ao vivo" na floresta. Isso não é história de caçador. O local é a Fazenda Barra Nova, rio Purus, cerca de 6 horas em batelão a partir de Sena Madureira.
A equipe estava indo abrir parcelas para estudar a população natural da Andiroba-de-rama, uma planta oleaginosa nativa com potencial para produção de biodiesel. No caminho encontrou a jibóia. Ela estava tentando engolir um dos "cachorro do mato" e já tinha "abraçado" o outro (foto 1).
Foto 1 Foto 2
Interferimos no curso natural da história: libertamos o filhote, mas a mãe já tinha morrido (foto 2). Puxamos o animal da boca da jibóia e seguimos adiante na expectativa de que ela também iria. Na volta ela estava terminando de engolir o animal (foto 3 e 4).
O mais interessante foi ver que a jibóia "passou para trás" o cachorro do mato, sem dúvida um dos animais mais "espertos" da nossa floresta. Ele que vai no fundo do buraco para trazer o tatu, que mergulha em igarapés - enquanto seus parceiros ficam de guarda na margem - para buscar paca e cotia...Dá até para acreditar que a jibóia encanta mesmo suas presas.
O "ambiente acreano" é realmente selvagem.
Crédito das fotos: José de Ribamar Bandeira, Técnico do INPA-ACRE, segurando os personagens da história na foto acima.
Foto 3 Foto 4
As imagens são fortes para alguns, mas raramente a gente tem a chance de ver "ao vivo" na floresta. Isso não é história de caçador. O local é a Fazenda Barra Nova, rio Purus, cerca de 6 horas em batelão a partir de Sena Madureira.
A equipe estava indo abrir parcelas para estudar a população natural da Andiroba-de-rama, uma planta oleaginosa nativa com potencial para produção de biodiesel. No caminho encontrou a jibóia. Ela estava tentando engolir um dos "cachorro do mato" e já tinha "abraçado" o outro (foto 1).
Foto 1 Foto 2
Interferimos no curso natural da história: libertamos o filhote, mas a mãe já tinha morrido (foto 2). Puxamos o animal da boca da jibóia e seguimos adiante na expectativa de que ela também iria. Na volta ela estava terminando de engolir o animal (foto 3 e 4).
O mais interessante foi ver que a jibóia "passou para trás" o cachorro do mato, sem dúvida um dos animais mais "espertos" da nossa floresta. Ele que vai no fundo do buraco para trazer o tatu, que mergulha em igarapés - enquanto seus parceiros ficam de guarda na margem - para buscar paca e cotia...Dá até para acreditar que a jibóia encanta mesmo suas presas.
O "ambiente acreano" é realmente selvagem.
Crédito das fotos: José de Ribamar Bandeira, Técnico do INPA-ACRE, segurando os personagens da história na foto acima.
Foto 3 Foto 4
7 Comments:
a Jiboia atracou os dois cachorros de uma vez??
Incrivel ein!!
José, Era uma mãe e um filhote. A cobra pegou a mãe e o filhote, sem saber o que fazer, ficou por perto. Na foto 1 dá para ver, no canto esquerdo em baixo, o filhote preso pela boca da cobra (encoberta). Quando nos aproximamos, a cobra soltou o filhote, que então se foi...
Evandro
Um fato como este, raro ou único, deve ir para o anais científicos. Me recorda um outro que ganhou ampla repercussão no caso um cachorro-do-mato-vinagre atacando uma paca.
Em momentos diferentes o Speothos pode ser predador ou presa.
Parabéns pelo registro.
Na foto tem uma pessoa segurando a jibóia e um cachorro. Só uma pergunta: Os dois estão mortos?
Evandro, muito interessante o ocorrido. Trabalho no Centro Nacional de Predadores (CENAP) do IBAMA. Gostaria de saber mais informações sobre os animais. A fêmea morreu, pelo que entendi. E o filhote? Estava vivo? Foi solto? Estas informações seriam muito interessantes pra nós. Se puder, entre em contato no email rodrigo.cenap.ibama@gmail.com
Adolar Rosella
O filhote foi solto e a cobra ficou viva!
apenas a mae do filhote morreu!
Estou lendo essa matéria hoje, 02-07-2015, há dez anos acreditava-se que o Cachorro Vinagre estivesse extinto em Minas e um exemplar foi visto em Januário-MG essa semana. Excelente...
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