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Na Web No BLOG AMBIENTE ACREANO

05 fevereiro 2006

DAIME E A BANALIZAÇÃO CULTURAL-RELIGIOSA

O leitor Marcelo Bolshaw Gomes, de Natal/RN, deixou o seguinte comentário:

- Conheço o prof. Barbier pessoalmente na cidade do Recife. Ele foi da UDV e não tem nada haver com o Daime ou com o Acre. É médico frances endocrinologista, no Brasil há muitos anos, e trabalha com PNL e ayahuasca. Por ser considerado um cientista sério, seu trabalho tem registro no Conad e é reconhecido como um dos principais especialistas sobre o uso terapeûtico da ayahuasca. É um grande equívoco compará-lo ao ceu de nossa senhora ou acusá-lo de banalização.

Para conhecer melhor seu trabalho: www.panhuasca.org

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Comentários de Jussara

Evandro!

Adorei seu blog. Não sabia dele até hoje quando fui ler o texto sobre a banalização do consumo da oaska que você aborda no blog. Pesquiso esse consumo, você sabe. Fiquei surpresa com o seu texto e gostaria de comentar.

Nossa percepção do mundo passa pelas contradições do cotidiano devido a força da gravidade sobre nossos sistemas sensoriais. E as vezes usamos expressões estereotipadas "sem perceber". E penso que seu texto também banaliza porque banaliza o amor que temos por essas plantas sagradas. Qual o problema passar uma receita? Culinária é uma arte independentemente de ser religiosa, cultural ou com oaska. Não adianta ter a receita como o líder do Céu da Nossa Senhora da Conceição pensa que tem, certo? A receita é simples como mostra democraticamente o Barbier (que nem conheço, também não estou achando que tem santo em algum lugar desse mundo, mas errado ele não está, concorda que há diferença?) Ora, se sou pesquisadora (or), se sou médica (o), sei de um preparado que pode ser administrado enquanto elemento fitoterápico, por que não usaria? Por que tem que ser guardado? Não há na história da oaska esse determinismo. Só alguns que tentaram, mais desistiram.Então voltando ao problema da banalização: a história tem mostrado por exemplo que muitos xerifes do consumo de oaska acabam mostrando "para todo mundo ver" que são voyers: ficam olhando o outro; se divertem; não cuidam de si mesmo; ou querem um bode expiatório.

Como o caso dos descontentes como a senhora Alícia. Examinei, decriptei e vi no seu discurso uma projeção de alguém que quer aliciar o leitor, uma fera ferida. Trata-se de uma projeção, muito normal em qualquer esquema psicoanalítico: o problema da rejeição, com projeção e criação de um bode expiatório. Por isso que a psicanálise em muitos casos é limitada, certo? O sujeito não encontra o seu Mestre interior e fica querendo culpar o outro. Há inconscientemente aí um problema de culpa, certo?
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Comentário de Agnaldo (Barca)

Abre-se um precedente perigoso ao vender-se o Vinho dos Espíritos pela internet, como se fora refrigerante...As pessoas sérias que comungam dessa bebida sagrada devem se unir para evitar esta insanidade comercial. Isso é o neoliberalismo chegando aos Templos... onde vende-se de tudo deste bençãos de Deus, salvação e até o êxtase místico! Absurdo!!

Acredito que a Ayahuasca deva-se ser propiciada em ambientes próprios para isso, em igrejas "independentes" ou não, centros, e local sérios de estudos espirituais.

Bem, acho que sintetizei meu ponto de vista. Barca (abarcaro@uol.com.br)

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Evandro

Tou querendo uma cópia do artigo do Dr. Régis Alain Barbier: Método de Cozimento do Chá Ayahuasca.
Meu e-mail: mundofilho@oi.com.br
Sou de Fortaleza, Ceará

Raimundo Pinto

23/03/2008, 21:27  

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