MAP2006: ESTRADA DO PACÍFICO AINDA VAI DAR O QUE FALAR!
ESTRADA DO PACÍFICO VAI CAUSAR MUITA BRIGA NO PERU: ONGs, GOVERNOS FEDERAIS, ESTADUAIS E MUNICIPAIS NÃO SE ENTENDEM!
PROJETO EQUIVALENTE AO "PMACI" ESTÁ SENDO GESTADO NO MAP VI: DESAFIO É INFINITAMENTE MAIOR PARA ESCREVER E EXECUTAR!
GOVERNO DO ACRE ESTÁ NA VANGUARDA DAS ARTICULAÇÕES
O MAP VI, que está sendo realizado em Cobija, Bolívia, é um sucesso. Além de continuar a ser o Fórum de discussão e debate sobre temas relevantes para o estado do Acre e Departamentos de Pando (Bolívia) e Madre de Dios (Peru), ele é também um feira de produtos regionais e uma mostra científica. Sem dúvida um acontecimento para as cidades de Cobija, Epitaciolândia e Brasiléia. Aliás, é gratificante ver as prefeituras apoiando a inciativa MAP. Elas sabem que só têm a ganhar com o sucesso da iniciativa. Hotéis e restaurantes cheios estão mais que agradecidos. São mais de 1.000 participantes.
UFAC E UNIVERSIDADE DA FLÓRIDA NA VANGUARDA CIENTÍFICA
A parte científica do MAP VI está sendo de alto nível. Vamos sugerir que nos próximos encontros esta parte tenha tratamento prioritário. Além de uma série de palestras, está acontecendo uma exposição de mais de 60 posters abordando assuntos diretamente relacionados com a região MAP. As instituições científicas que lideram a parte científica do MAP são a UFAC, que estava em peso no local (Reitor, Pró-Reitores, professores e dezenas de alunos) e a Universidade da Flórida. É uma prova de visão de futuro, tendo em vista as perspectivas de "entrada" de recursos para pesquisa na região. Sem dúvida a UFAC e a Universidade da Flórida irão ser as mais beneficiadas com esses recursos.
ESTRADA DO PACÍFICO (INTEROCEÂNICA): TEMA CENTRAL DO ENCONTRO
O tema que atraiu mais atenção foi a tomada de medidas que possam diminuir o impacto que a construção da estrada do pacífico vai ter no meio ambiente e nas populações que vivem em sua área de influência. Entre as dezenas de representantes peruanos presentes, era consenso que o impacto vai ser grande. Os governos do Brasil, Bolívia e Peru estão se articulando para conseguir um empréstimo junto ao BID para realizar atividades neste sentido.
Tudo me lembra o papel que o PMACI fez no passado, quando a estrada BR 364 entre Rio Branco e Porto Velho foi asfaltada. Uma palestra muito importante foi feita por uma advogada do IPAM (PA), mostrando o processo de mobilização social que precedeu o lançamento do pacote de medidas mitigadoras que irão ser adotadas por ocasião do asfaltamento da BR-163 (Cuiabá-Santarém).
"PMACI" DA ESTRADA DO PACÍFICO EM GESTÃO NO MAP VI
Fiquei impressionado com a visão de futuro do Governo do Acre (SEPLANDS), que através do assessor de assuntos internacionais, Leonardo Ferreira, deixou claro que o Acre está na liderança da articulação trinacional para viabilizar os recursos para a empreitada (BID, BNDS), que por agora, é estimada em U$ 30 milhões. Serão U$ 25 milhões a serem aplicados no Peru, U$ 4 milhões no Acre e U$ 1 milhão na Bolívia. Mas isso é só o começo. Os recursos necessários podem chegar a 10 vezes esse valor.
Para quem vive aqui em Rio Branco e está testemunhando as transformações que o projeto BID e os recursos do BNDS estão fazendo na infra-estrutura urbana, imagine o que recursos em volumes equivalentes poderiam fazer na região leste do Acre: Xapuri, Epitaciolândia, Brasiléia, Assis Brasil, Capixaba. Ainda bem que os políticos aproveitadores estão longe de entender a dimensão e importancia dos assuntos discutidos no MAP VI (excessão era o Polanco, que agora é ex-deputado).
O mais interessante de tudo é que toda a articulação estatal se escora na capacidade articuladora do movimento MAP. Isso nos deixa satisfeitos porque o movimento nunca foi uma idéia estatal ou de ONGs. Ficou a cargo de pessoas da sociedade civil, ligadas ou não a governos e ONGs, que não refletem necessariamente a opinião de seus empregadores.
Para quem participou das intermináveis reuniões do PMACI, das brigas, dos conflitos por recursos financeiros, dos lobbies para decidir onde aplicar os recursos, saibam que a execução de algo similar no lado peruano vai ser um desafio 10, 20 vezes mais complexo. Talvez até nem seja concluído se os patrícios peruanos não chegarem a um acordo entre eles. ONGs, Governos Federais, Estaduais e Municipais, sociedade civil, todos estão perdidos e naquela fase de querer puxar a sardinha toda para o barco de cada um...
De qualquer forma, a oportunidade para os peruanos é preciosa. Com os recursos eles podem fortalecer e mesmo criar suas instituições (os congêneres peruanos do IBAMA, IMAC, UFAC, UNI, FUNAI, INCRA, etc) e, no final do processo, ter meios para controlar o "desenvolvimento" incontrolável que a estrada vai trazer para a região. Já imaginou a "festa" que os madeireiros, palmiteiros, fazendeiros e outros empreendedores farão por lá se o "Estado" peruano não dispuser de meios para controla-los?
PROJETO EQUIVALENTE AO "PMACI" ESTÁ SENDO GESTADO NO MAP VI: DESAFIO É INFINITAMENTE MAIOR PARA ESCREVER E EXECUTAR!
GOVERNO DO ACRE ESTÁ NA VANGUARDA DAS ARTICULAÇÕES
O MAP VI, que está sendo realizado em Cobija, Bolívia, é um sucesso. Além de continuar a ser o Fórum de discussão e debate sobre temas relevantes para o estado do Acre e Departamentos de Pando (Bolívia) e Madre de Dios (Peru), ele é também um feira de produtos regionais e uma mostra científica. Sem dúvida um acontecimento para as cidades de Cobija, Epitaciolândia e Brasiléia. Aliás, é gratificante ver as prefeituras apoiando a inciativa MAP. Elas sabem que só têm a ganhar com o sucesso da iniciativa. Hotéis e restaurantes cheios estão mais que agradecidos. São mais de 1.000 participantes.
UFAC E UNIVERSIDADE DA FLÓRIDA NA VANGUARDA CIENTÍFICA
A parte científica do MAP VI está sendo de alto nível. Vamos sugerir que nos próximos encontros esta parte tenha tratamento prioritário. Além de uma série de palestras, está acontecendo uma exposição de mais de 60 posters abordando assuntos diretamente relacionados com a região MAP. As instituições científicas que lideram a parte científica do MAP são a UFAC, que estava em peso no local (Reitor, Pró-Reitores, professores e dezenas de alunos) e a Universidade da Flórida. É uma prova de visão de futuro, tendo em vista as perspectivas de "entrada" de recursos para pesquisa na região. Sem dúvida a UFAC e a Universidade da Flórida irão ser as mais beneficiadas com esses recursos.
ESTRADA DO PACÍFICO (INTEROCEÂNICA): TEMA CENTRAL DO ENCONTRO
O tema que atraiu mais atenção foi a tomada de medidas que possam diminuir o impacto que a construção da estrada do pacífico vai ter no meio ambiente e nas populações que vivem em sua área de influência. Entre as dezenas de representantes peruanos presentes, era consenso que o impacto vai ser grande. Os governos do Brasil, Bolívia e Peru estão se articulando para conseguir um empréstimo junto ao BID para realizar atividades neste sentido.
Tudo me lembra o papel que o PMACI fez no passado, quando a estrada BR 364 entre Rio Branco e Porto Velho foi asfaltada. Uma palestra muito importante foi feita por uma advogada do IPAM (PA), mostrando o processo de mobilização social que precedeu o lançamento do pacote de medidas mitigadoras que irão ser adotadas por ocasião do asfaltamento da BR-163 (Cuiabá-Santarém).
"PMACI" DA ESTRADA DO PACÍFICO EM GESTÃO NO MAP VI
Fiquei impressionado com a visão de futuro do Governo do Acre (SEPLANDS), que através do assessor de assuntos internacionais, Leonardo Ferreira, deixou claro que o Acre está na liderança da articulação trinacional para viabilizar os recursos para a empreitada (BID, BNDS), que por agora, é estimada em U$ 30 milhões. Serão U$ 25 milhões a serem aplicados no Peru, U$ 4 milhões no Acre e U$ 1 milhão na Bolívia. Mas isso é só o começo. Os recursos necessários podem chegar a 10 vezes esse valor.
Para quem vive aqui em Rio Branco e está testemunhando as transformações que o projeto BID e os recursos do BNDS estão fazendo na infra-estrutura urbana, imagine o que recursos em volumes equivalentes poderiam fazer na região leste do Acre: Xapuri, Epitaciolândia, Brasiléia, Assis Brasil, Capixaba. Ainda bem que os políticos aproveitadores estão longe de entender a dimensão e importancia dos assuntos discutidos no MAP VI (excessão era o Polanco, que agora é ex-deputado).
O mais interessante de tudo é que toda a articulação estatal se escora na capacidade articuladora do movimento MAP. Isso nos deixa satisfeitos porque o movimento nunca foi uma idéia estatal ou de ONGs. Ficou a cargo de pessoas da sociedade civil, ligadas ou não a governos e ONGs, que não refletem necessariamente a opinião de seus empregadores.
Para quem participou das intermináveis reuniões do PMACI, das brigas, dos conflitos por recursos financeiros, dos lobbies para decidir onde aplicar os recursos, saibam que a execução de algo similar no lado peruano vai ser um desafio 10, 20 vezes mais complexo. Talvez até nem seja concluído se os patrícios peruanos não chegarem a um acordo entre eles. ONGs, Governos Federais, Estaduais e Municipais, sociedade civil, todos estão perdidos e naquela fase de querer puxar a sardinha toda para o barco de cada um...
De qualquer forma, a oportunidade para os peruanos é preciosa. Com os recursos eles podem fortalecer e mesmo criar suas instituições (os congêneres peruanos do IBAMA, IMAC, UFAC, UNI, FUNAI, INCRA, etc) e, no final do processo, ter meios para controlar o "desenvolvimento" incontrolável que a estrada vai trazer para a região. Já imaginou a "festa" que os madeireiros, palmiteiros, fazendeiros e outros empreendedores farão por lá se o "Estado" peruano não dispuser de meios para controla-los?
1 Comments:
axo que e um abisurdo tanto dinheiro sendo jogado fora com tanta gente pasando fome...
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