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Na Web No BLOG AMBIENTE ACREANO

17 agosto 2007

PRAÇA DOS CATRAIEIROS

No Acre é assim: espaços públicos são invadidos e quando o poder público tenta reaver tem que indenizar. Com o nosso dinheiro. E os invasores ainda acham ruim!!!

Li indignado hoje nota no jornal O Rio Branco informando que os invasores da praça dos Catraieiros, na cabeça da ponte velha, estão insatisfeitos com o valor das indenizações que vão ser pagas para eles: em torno de 15 mil a 45 mil reais. O que queriam? 100 mil por cada cubículo? Se eles fossem pelo menos os legítimos donos, vá lá...

As invasões no local são antigas. Vejam na foto ao lado, da década de 70, que já naquela época a praça tinha sido invadida por verdureiros, que não tinham espaço no mercado velho. Lembro que durante alguns anos o local foi também um estacionamento. Os invasores de antigamente eram amadores.

Nova invasão resultou no erguimento de uma galeria comercial "do dia para a noite"

Lembro que alguns anos atrás um dos prefeitos da cidade (ou o governo) havia retirado todos os invasores do local para fazer o local voltar a ser o que sempre foi: uma praça. Por pura irresponsabilidade e falta de ação, após a retirada dos invasores o poder público colocou um tapume "véio" de compensado para "proteger o local contra as invasões. É óbvio que os invasores desalojados, ao verem a indecisão e fraqueza do poder público, se organizaram e, pela primeira vez na história do Acre invadiram e não construiram palafitas ou barracos de papelão, como sempre acontece. No lugar disso mapearam e dividiram o local em lotes, compraram material de construção e contrataram dezenas de pedreiros. Era a preparação para o "Dia D". Neste dia foi dado o pontapé inicial da obra que resultou naquela galeria bem na cabeça da ponte, que trouxe a reboque ponto de prostituição (isso mesmo) e e botecos para a venda de cachaça.

Se o atual governo não tivesse "expulsado" estes invasores novamente, o futuro daquele lugar seria o mesmo que se vê do outro lado da rua, onde hoje está o (mal) afamado Mercado dos Colonos, ou melhor, "a favela dos colonos". Lá tem de tudo, menos mercado.

[Não aceito o argumento de que os invasores são pais de famílias, trabalhadores, pobres coitados, etc. Todos nós somos e nem por isso ficamos invadindo espaços públicos...]