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Na Web No BLOG AMBIENTE ACREANO

01 outubro 2007

SUPERMERCADOS NO ACRE

Rio Branco é um campo aberto para as redes de baixo custo. Preços praticados pelas redes estabelecidas em nossa cidade estão muito acima da realidade local.

O custo de alimentos e outros produtos vendidos nos principais supermercados da cidade são tão elevados que existe uma clara oportunidade para a implantação de redes especializadas na venda de produtos de baixo custo, dessas que se instalam nos bairros periféricos. Não precisam ser lojas luxuosas, precisam apenas ter variedade, qualidade e baixo preço dos produtos que vendem.

A verdade é que em nossa cidade existem uma ou duas opções onde se pode adquirir produtos de primeira necessidade por preços compatíveis com a nossa realidade. Havia mais antigamente, mas quando estas lojas tentaram se transformar em supermercados tradicionais elas perderam estas características.

Quem visita qualquer loja da rede que monopoliza o setor localmente, não sai sem pagar menos de R$ 5o,oo caso as compras sejam suficientes para encher 4-5 sacolinhas. É impressionante. A situação está tão fora da realidade que estão prosperando empresas especializadas em montar 'cestas básicas', entregues no domicílio dos consumidores. As pessoas só precisam ligar e escolher entre as várias opções oferecidas. Sai muito mais barato do que a aquisição dos mesmos produtos nas redes de supermercados da cidade.

A situação piorou desde que o grupo que monopoliza o setor em nossa cidade adquiriu as duas unidades do supermercado Dayanne. Uma das lojas foi transformada, segundo seus novos proprietários, em 'unidade de baixo custo'. Na verdade, pratica os mesmos preços das demais. A prova é que a loja vive às moscas na maior parte do tempo, aparentemente com menos consumidores do que se viam quando ainda era uma loja do Dayanne.

Estratégia errada abre oportunidade para a concorrência

Essa situação me lembra a época em que a empresa de produtos fotográficos M&M montou a primeira máquina de revelação de filmes em 1 hora de nossa cidade. Para quem não recorda, antes da chegada dessas máquinas, os consumidores tinham que recorrer a uma loja chamada 'Sonora', que enviava os filmes para serem revelados em Manaus. Levava quase uma semana para se receber as fotos de volta.

Pois bem. O dono da M&M, vendo que sua situação era também de monopólio, resolveu cobrar preços tão elevados para revelar um único filme, que logo várias pessoas montaram outras máquinas por toda a cidade. É que o preço cobrado por cada revelação garantia um retorno relativamente rápido do investimento feito na aquisição da máquina de revelação. A bonanza e a exclusividade de mercado da M&M durou pouco por um erro de estratégia de seu proprietário. Tivesse ele cobrado preços mais baixos, levaria mais tempo para outras pessoas se decidirem pelo investimento no ramo da revelação de fotografias em 1 hora.

Este exemplo me dá esperança no caso dos altos preços praticados pelos supermercados de nossa cidade. Como eles estão exagerando na dose, abriram um leque de oportunidades para que empreendedores invistam no setor para atender a grande massa de consumidores que não pode pagar os altos preços praticados atualmente. Estou torcendo para que a rede líder de nossa cidade continue com sua estratégia atual por muito tempo. Pelo menos até que outros empresários se consolidem no mercado. Concorrência faz bem demais para os consumidores.

Estou cansado e frustrado de gastar um absurdo para fazer uma 'feirinha básica'.