GASODUTO URUCU-PORTO VELHO (1)
Na conjuntura atual, a sua construção, caso seja concretizada, vai atender unicamente aos interesses de empreiteiras e políticos em busca de projeção pública
Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano
O site Rondoniagora.com informa que o Senador Valdir Raupp (PMDB-RO) voltou a cobrar do governo federal, no dia 18 de março, a construção do gasoduto Urucu-Porto Velho.
A cobrança foi feita durante audiência com o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, à qual compareceram os demais membros da bancada rondoniense, como a senadora Fátima Cleide(PT) e os deputados Natan Donadon(PMDB), Mauro Nazif(PSB) e Eduardo Valverde(PT).
Política é uma coisa interessante.
No início do mês o Governador do Amazonas, Eduardo Braga, discutiu com o presidente Lula, com a ministra Dilma Rousseff e com a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Graça Foster a questão do uso do gás de Urucu. Segundo ele (veja matéria abaixo), o trecho Urucu-Porto Velho não vai mais ser construído porque a Aneel negou a a sub-rogação da Conta de Consumo de Combustível, indispensáel para a viabilidade da obra.
Diante de tal notícia, fica clara a pouca força política da bancada do Estado vizinho pois o máximo que conseguiu foi audiência com o Ministro de Minas e Energia.
A insistência na construção desse gasoduto denota ainda a falta de visão, bom senso e civismo por parte da classe política rondoniense.
Como todo mundo sabe, e os rondonienses mais do que ninguém, as duas grandes hidrelétricas do rio Madeira, cuja construção é iminente, terão capacidade de gerar energia elétrica de sobra para atender à demanda não apenas de todo o estado de Rondônia, mas também do Acre. E por muitos anos.
É tanta energia que a maior parte vai ser vendida para outras regiões do país. Para isso o Governo Federal já autorizou a interligação, via linhão, do sistema elétrico do Acre e Rondônia ao resto do país.
Então porque insistir na construção do gasoduto? Como justificar a sua construção se o gás tem como objetivo primordial a geração de energia elétrica que vai ser suprida em breve pelas hidrelétricas do rio Madeira?
O uso industrial do gás é injustificado porque os parques industriais do Acre e Rondônia não demandam tal quantidade de energia. O consumo residencial do gás está descartado porque demandaria investimentos pesados na instalação da rede de distribuição.
Se não é viável para a geração de energia elétrica e para o consumo industrial ou residencial, para que iria servir esse gasoduto? Consumo veicular? É um luxo que não podemos nos dar.
Em resumo: na atual conjuntura, investir recursos públicos no gasoduto não faz o menor sentido.
Infelizmente, como tem sido demonstrado de forma recorrente em nosso país, em política tudo é possível. Portanto, nós, os contribuintes, temos de ficar atentos para que esse elefante branco não seja construído.
Não podemos baixar a guarda e devemos fazer o que for possível para impedir que recursos públicos sejam investidos nessa obra. De outra forma os bolsos de empreiteiros gananciosos, funcionários públicos corruptos, e mesmo políticos inescrupulosos, poderão ser os principais beneficiários da mesma.
É bom deixar claro que sou contra a construção do gasoduto usando recursos públicos. Se alguma empresa privada tiver interesse em arriscar recursos próprios na construção do mesmo, acho que o governo deveria dar todas as licenças e conceder o uso do mesma. Mediante licitação, é claro.
Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano
O site Rondoniagora.com informa que o Senador Valdir Raupp (PMDB-RO) voltou a cobrar do governo federal, no dia 18 de março, a construção do gasoduto Urucu-Porto Velho.
A cobrança foi feita durante audiência com o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, à qual compareceram os demais membros da bancada rondoniense, como a senadora Fátima Cleide(PT) e os deputados Natan Donadon(PMDB), Mauro Nazif(PSB) e Eduardo Valverde(PT).
Política é uma coisa interessante.
No início do mês o Governador do Amazonas, Eduardo Braga, discutiu com o presidente Lula, com a ministra Dilma Rousseff e com a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Graça Foster a questão do uso do gás de Urucu. Segundo ele (veja matéria abaixo), o trecho Urucu-Porto Velho não vai mais ser construído porque a Aneel negou a a sub-rogação da Conta de Consumo de Combustível, indispensáel para a viabilidade da obra.
Diante de tal notícia, fica clara a pouca força política da bancada do Estado vizinho pois o máximo que conseguiu foi audiência com o Ministro de Minas e Energia.
A insistência na construção desse gasoduto denota ainda a falta de visão, bom senso e civismo por parte da classe política rondoniense.
Como todo mundo sabe, e os rondonienses mais do que ninguém, as duas grandes hidrelétricas do rio Madeira, cuja construção é iminente, terão capacidade de gerar energia elétrica de sobra para atender à demanda não apenas de todo o estado de Rondônia, mas também do Acre. E por muitos anos.
É tanta energia que a maior parte vai ser vendida para outras regiões do país. Para isso o Governo Federal já autorizou a interligação, via linhão, do sistema elétrico do Acre e Rondônia ao resto do país.
Então porque insistir na construção do gasoduto? Como justificar a sua construção se o gás tem como objetivo primordial a geração de energia elétrica que vai ser suprida em breve pelas hidrelétricas do rio Madeira?
O uso industrial do gás é injustificado porque os parques industriais do Acre e Rondônia não demandam tal quantidade de energia. O consumo residencial do gás está descartado porque demandaria investimentos pesados na instalação da rede de distribuição.
Se não é viável para a geração de energia elétrica e para o consumo industrial ou residencial, para que iria servir esse gasoduto? Consumo veicular? É um luxo que não podemos nos dar.
Em resumo: na atual conjuntura, investir recursos públicos no gasoduto não faz o menor sentido.
Infelizmente, como tem sido demonstrado de forma recorrente em nosso país, em política tudo é possível. Portanto, nós, os contribuintes, temos de ficar atentos para que esse elefante branco não seja construído.
Não podemos baixar a guarda e devemos fazer o que for possível para impedir que recursos públicos sejam investidos nessa obra. De outra forma os bolsos de empreiteiros gananciosos, funcionários públicos corruptos, e mesmo políticos inescrupulosos, poderão ser os principais beneficiários da mesma.
É bom deixar claro que sou contra a construção do gasoduto usando recursos públicos. Se alguma empresa privada tiver interesse em arriscar recursos próprios na construção do mesmo, acho que o governo deveria dar todas as licenças e conceder o uso do mesma. Mediante licitação, é claro.
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