PEIXES ILEGAIS
No Acre tudo é motivo de disputa política
O Deputado Edivaldo Magalhães, fez, em seu Blog, a melhor cobertura sobre a apreensão pelo Ibama de 16 toneladas de peixe ocorrida na noite de quinta-feira (20/3) no porto de Cruzeiro do Sul.
Embora não completamente esclarecido, de concreto temos o seguinte. O carregamento de peixes foi apreendido porque o fiscal do Ibama encontrou espécies cujo período de defeso havia se encerrado no dia 15 de março, cinco dias antes da apreensão.
Contra os pescadores pesam algumas suspeitas.
Segundo as informações da imprensa local, a pesca foi feita no baixo Juruá, já no Estado do Amazonas. Com isso fica claro que os pescadores tiveram apenas cinco dias para pescar e transportar o peixe para a cidade de Cruzeiro do Sul. Um tempo muito curto considerando que os batelões que transportaram os peixes vinham carregados e, pior, subindo o rio em pleno período de chuvas, enfrentando um ou outro repiquete.
Não foi surpresa o fiscal ter desconfiado da 'história' contada pelos pescadores. Qualquer um ia achar estranho a velocidade com que tudo aconteceu.
O Deputado, ao tomar partido dos pescadores, afirma que "a prepotência e a arrogância são incompatíveis com a mediação dos conflitos e o exercício de cargos públicos. Não se pode, em nome do cumprimento restrito da lei, cometer injustiças". E diz mais "Há muita gente despreparada para o exercício do poder. O diálogo, a conversa e o conhecimento da realidade local deveriam ser o orientador principal nas tomadas de decisão".
De bom senso a sugestão do Deputado. Mas ele deve ter cuidado para que suas declarações não deixem margem a interpretações equivocadas sobre sua posição a respeito do cumprimento da legislação vigente no país. Afinal, ele não é apenas mais um deputado, é o presidente da Assembléia Legislativa do Acre.
Faltou diálogo por parte do fiscal? Depende do tipo de diálogo. Mas tenho absoluta certeza de que não foi aquele diálogo que a gente já conhece e que pode ser traduzido pelo conhecido gesto de 'passar a mão na cabeça' de quem fez a coisa errada. Afinal, se isso resolvesse as coisas não teríamos mais pessoas fazendo coisas erradas no Acre. As mães de todas elas já teriam resolvido o problema...
Ao intervir em favor dos pescadores e sugerir que os mesmos devem, de alguma forma, receber algum tipo de pagamento ou 'reparação' por prejuízos decorrentes da apreensão dos peixes, ele, o Deputado, deve esperar o pior em 2009.
Se o 'pagamento' a esses pescadores for mesmo efetuado, no ano que vem existe o risco da multiplicação da quantidade de barcos com parte da carga pescada ilegalmente. E todo mundo vai fazer questão de ter o carregamento apreendido. Afinal, vai ser grande a possibilidade deles receberem alguma compensação.
Deputado, brasileiro não é besta. Abra o olho.
Crédito da imagem: Blog do Deputado Edivaldo Magalhães.
O Deputado Edivaldo Magalhães, fez, em seu Blog, a melhor cobertura sobre a apreensão pelo Ibama de 16 toneladas de peixe ocorrida na noite de quinta-feira (20/3) no porto de Cruzeiro do Sul.
Embora não completamente esclarecido, de concreto temos o seguinte. O carregamento de peixes foi apreendido porque o fiscal do Ibama encontrou espécies cujo período de defeso havia se encerrado no dia 15 de março, cinco dias antes da apreensão.
Contra os pescadores pesam algumas suspeitas.
Segundo as informações da imprensa local, a pesca foi feita no baixo Juruá, já no Estado do Amazonas. Com isso fica claro que os pescadores tiveram apenas cinco dias para pescar e transportar o peixe para a cidade de Cruzeiro do Sul. Um tempo muito curto considerando que os batelões que transportaram os peixes vinham carregados e, pior, subindo o rio em pleno período de chuvas, enfrentando um ou outro repiquete.
Não foi surpresa o fiscal ter desconfiado da 'história' contada pelos pescadores. Qualquer um ia achar estranho a velocidade com que tudo aconteceu.
O Deputado, ao tomar partido dos pescadores, afirma que "a prepotência e a arrogância são incompatíveis com a mediação dos conflitos e o exercício de cargos públicos. Não se pode, em nome do cumprimento restrito da lei, cometer injustiças". E diz mais "Há muita gente despreparada para o exercício do poder. O diálogo, a conversa e o conhecimento da realidade local deveriam ser o orientador principal nas tomadas de decisão".
De bom senso a sugestão do Deputado. Mas ele deve ter cuidado para que suas declarações não deixem margem a interpretações equivocadas sobre sua posição a respeito do cumprimento da legislação vigente no país. Afinal, ele não é apenas mais um deputado, é o presidente da Assembléia Legislativa do Acre.
Faltou diálogo por parte do fiscal? Depende do tipo de diálogo. Mas tenho absoluta certeza de que não foi aquele diálogo que a gente já conhece e que pode ser traduzido pelo conhecido gesto de 'passar a mão na cabeça' de quem fez a coisa errada. Afinal, se isso resolvesse as coisas não teríamos mais pessoas fazendo coisas erradas no Acre. As mães de todas elas já teriam resolvido o problema...
Ao intervir em favor dos pescadores e sugerir que os mesmos devem, de alguma forma, receber algum tipo de pagamento ou 'reparação' por prejuízos decorrentes da apreensão dos peixes, ele, o Deputado, deve esperar o pior em 2009.
Se o 'pagamento' a esses pescadores for mesmo efetuado, no ano que vem existe o risco da multiplicação da quantidade de barcos com parte da carga pescada ilegalmente. E todo mundo vai fazer questão de ter o carregamento apreendido. Afinal, vai ser grande a possibilidade deles receberem alguma compensação.
Deputado, brasileiro não é besta. Abra o olho.
Crédito da imagem: Blog do Deputado Edivaldo Magalhães.
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