CAMPANHA CONTRA A PORTARIA 1.220/2007
'Observatório do Direito à Comunicação' acusa a rede Globo de exercer pressão sobre o Governo Federal por conta da Portaria 1.220/2007. Imprensa acreana passou a semana fazendo o 'jogo' da rede Globo
A matéria, publicada na sexta (11/04), afirma que a pressão é exclusiva da Globo, que se recusa a adequar sua grade de programação às faixas etárias mais baixas. Segundo o site, se a emissora adequasse a novela “das 8” às crianças de 10 anos, não seria necessário atrasar a programação dos estados da Região Norte, inclusive do Acre e de parte do Pará. Mas esse não é um preço que a emissora parece disposta a pagar.
Segundo a matéria, a ofensiva da Globo deve permanecer nos próximos dias, pressionando parlamentares e governo a revogar as regras da classificação indicativa. Uma das estratégias da ofensiva é a ameaça da apresentação, por meio do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), de uma proposta de Decreto Legislativo para derrubar a Portaria 1.220.
Não é a primeira vez que o senador é porta-voz da família Marinho: em junho do ano passado Virgílio apresentou proposta semelhante para revogar os efeitos da Portaria nº 264, antigo instrumento de regulação da classificação indicativa.
Razão da mudança do fuso horário do Acre
A pressão da Globo sobre o Governo Federal e o Senado pode ser uma das principais razões para se acreditar que a votação em caráter urgente do projeto que alterou o fuso horário do Acre esteja diretamente relacionada com a entrada em vigor da Portaria 1.220/2007.
O Senador Tião Viana, autor do projeto, publicou matéria na imprensa local tentado esclarecer o assunto e informando que a diferença de apenas um dia entre a entrada em vigor da Portaria e a aprovação de seu projeto foi 'mera coincidência'.
Imprensa acreana 'deu uma mão' para a Globo
Considerando que a Globo, ao evitar exibir telejornais e esportes ao vivo, termina causando clamor popular contra a Portaria do Ministério da Justiça, e avaliando-se o comportamento da imprensa acreana na semana passada, pode-se afirmar que o plano da empresa global está rendendo frutos.
De uma maneira geral a imprensa acreana, de forma direta ou indireta, fez o jogo da rede Globo, ao manchetear apenas o lado 'ruim' das mudanças que afetaram desnecessariamente as transmissões de telejornais e futebol. Em nenhum momento, por exemplo, alertou que a empresa não estava obrigada a gravar estes programas. Só falou que a Portaria era ruim para os acreanos.
Nenhum meio de comunicação atentou, por exemplo, para o fato da TV Acre, desde a segunda-feira, ter ajustado sua grade de programação de forma idêntica aos Estados que possuem uma diferença de 1 hora em relação a Brasília (Manaus, Porto Velho, Cuiabá).
O correto, considerando que ela decidiu gravar os telejornais, era, por exemplo, o Jornal Nacional passar a ser exibido às 20:15 horas e não às 19:15 h, como vem sendo atualmente. Era como se a emissora tivesse certeza de que o fuso horário do Acre iria ser mudado.
No balanço final, tudo que a imprensa local fez, era exatamente o esperado pela Globo e seus apoiadores no Senado.
O único órgão público a alertar para o fato de que não estão proibidas as transmissões ao vivo de telejornais e jogos foi o Ministério Público Federal do Acre. E mesmo assim ainda teve jornalista que afirmou que a nota do MPF falava o óbvio.
A matéria, publicada na sexta (11/04), afirma que a pressão é exclusiva da Globo, que se recusa a adequar sua grade de programação às faixas etárias mais baixas. Segundo o site, se a emissora adequasse a novela “das 8” às crianças de 10 anos, não seria necessário atrasar a programação dos estados da Região Norte, inclusive do Acre e de parte do Pará. Mas esse não é um preço que a emissora parece disposta a pagar.
Segundo a matéria, a ofensiva da Globo deve permanecer nos próximos dias, pressionando parlamentares e governo a revogar as regras da classificação indicativa. Uma das estratégias da ofensiva é a ameaça da apresentação, por meio do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), de uma proposta de Decreto Legislativo para derrubar a Portaria 1.220.
Não é a primeira vez que o senador é porta-voz da família Marinho: em junho do ano passado Virgílio apresentou proposta semelhante para revogar os efeitos da Portaria nº 264, antigo instrumento de regulação da classificação indicativa.
Razão da mudança do fuso horário do Acre
A pressão da Globo sobre o Governo Federal e o Senado pode ser uma das principais razões para se acreditar que a votação em caráter urgente do projeto que alterou o fuso horário do Acre esteja diretamente relacionada com a entrada em vigor da Portaria 1.220/2007.
O Senador Tião Viana, autor do projeto, publicou matéria na imprensa local tentado esclarecer o assunto e informando que a diferença de apenas um dia entre a entrada em vigor da Portaria e a aprovação de seu projeto foi 'mera coincidência'.
Imprensa acreana 'deu uma mão' para a Globo
Considerando que a Globo, ao evitar exibir telejornais e esportes ao vivo, termina causando clamor popular contra a Portaria do Ministério da Justiça, e avaliando-se o comportamento da imprensa acreana na semana passada, pode-se afirmar que o plano da empresa global está rendendo frutos.
De uma maneira geral a imprensa acreana, de forma direta ou indireta, fez o jogo da rede Globo, ao manchetear apenas o lado 'ruim' das mudanças que afetaram desnecessariamente as transmissões de telejornais e futebol. Em nenhum momento, por exemplo, alertou que a empresa não estava obrigada a gravar estes programas. Só falou que a Portaria era ruim para os acreanos.
Nenhum meio de comunicação atentou, por exemplo, para o fato da TV Acre, desde a segunda-feira, ter ajustado sua grade de programação de forma idêntica aos Estados que possuem uma diferença de 1 hora em relação a Brasília (Manaus, Porto Velho, Cuiabá).
O correto, considerando que ela decidiu gravar os telejornais, era, por exemplo, o Jornal Nacional passar a ser exibido às 20:15 horas e não às 19:15 h, como vem sendo atualmente. Era como se a emissora tivesse certeza de que o fuso horário do Acre iria ser mudado.
No balanço final, tudo que a imprensa local fez, era exatamente o esperado pela Globo e seus apoiadores no Senado.
O único órgão público a alertar para o fato de que não estão proibidas as transmissões ao vivo de telejornais e jogos foi o Ministério Público Federal do Acre. E mesmo assim ainda teve jornalista que afirmou que a nota do MPF falava o óbvio.
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