A SÍNDROME DE METRÓPOLE E A EXALTAÇÃO DA BURRICE
Israel Areal
Colunista do site A Folha do Acre
Não poderia ser mais claro ao escolher o título deste artigo e comentar a estapafúrdia idéia da mudança de fuso horário.
Primeiro, foi aquela história ridícula, megalomaníaca de dizer que o Acre era modelo em tudo: educação, transporte, crescimento, economia e por aí vai. Agora, à base da canetada, o senador Tião Viana extrapolou todos os limites até aqui imagináveis da arrogância, do autoritarismo, da prepotência, do imperialismo que o PT vem impondo ao Acre e seu povo há alguns anos.
Se já é difícil entender porque o nobre senador resolveu, de forma impositiva, tentar alterar até a geografia do planeta e o relógio biológico da nossa população, sem sequer consultá-la, mais difícil ainda é entender qual motivo o levou a sentar em sua cadeira e ter idéia tão patética, digna de quem sente falta de uma boa trouxa de roupa para lavar. Pura falta do que fazer!
Do lado de cá, assistindo a este espetáculo circense como cidadão, restou a dúvida de quem seria mais digno do título de inútil à coisa pública: quem cria uma coisa dessas ou quem apóia essa criação absurda, prestando-se ao ridículo e pífio papel de defender tal idéia, de tamanha inutilidade? Aliás, neste ponto da reflexão poderíamos dividir o fato em dois pólos opostos. Como coisa simples: trata-se de mera decisão que em nada ajuda na evolução do Acre. Como algo muito complexo: se pensarmos no impacto que isso gerará na rotina das pessoas e, principalmente, das crianças que precisam ir à escola cedo.
Bom, poderíamos até parar a reflexão por aqui, mas um detalhe em meio a tudo isso não poderia passar despercebido, amigo leitor: foi preparada uma grande festa para comemorar um adiantamento de relógio! Não seria mais fácil apenas voltar a aderir ao horário de verão, se uma das desculpas mais usadas para a mudança do fuso foi essa? Agora me responda, leitor: em sã consciência , é normal fazer tamanha apologia a algo tão pequeno, como se fosse a maior conquista dos últimos tempos, e ainda consumir dinheiro público para isso?! É muita vontade de se promover baseado em nada!
Passada toda minha indignação, me surge outro aspecto a analisar e lhe transmitir. Ora, faz algum tempo, o Governo do Acre e seus aliados tentam mostrar para a nossa população que somos quase uma grande metrópole, que em nada ficamos devendo para lugares como São Paulo, Rio de Janeiro e – pasmem! – Amsterdam! Isso mesmo! Já disseram em entrevista na TV que nossas praças lembram a cidade e até outros lugares da Europa!
Até aí tudo bem. Mesmo sendo uma utopia das mais delirantes, não há nada demais em querermos exaltar nossas belezas, valorizar nossos espaços e nosso povo. Nós, acreanos, realmente temos nosso valor. Mas voltando ao assunto do artigo, será mesmo que comemorar mudança de fuso horário com tamanha festa e barulho é coisa de grande cidade, é coisa de metrópole? Não! Isto é sinônimo de pobreza cultural, é um dos maiores sinais de que falta tanto ao nosso Estado, nosso povo, à nossa gente sofrida - mas feliz, graças ao bom Deus -, que somos obrigados a comemorar como se fosse a realização do século idéia uma de tamanha fraqueza!
Para a turma que está aí no comandando e que, como diz o título deste artigo, tem síndrome de metrópole, vale lembrar que gastar tanto com coisa tão minúscula é digno de desprezo, pela pequinês de tal atitude. Ao mesmo tempo, como Estado pequeno, hospitaleiro e que muitas vezes encanta quem nos visita, por que não comemorarmos coisas justas, conquistas realmente importantes e que sejam alavancas rumo à nossa evolução e crescimento, ao invés de irmos a uma praça pular como “porras-loucas”, mostrando que nosso estado vive de “pão e circo”?!
Colunista do site A Folha do Acre
Não poderia ser mais claro ao escolher o título deste artigo e comentar a estapafúrdia idéia da mudança de fuso horário.
Primeiro, foi aquela história ridícula, megalomaníaca de dizer que o Acre era modelo em tudo: educação, transporte, crescimento, economia e por aí vai. Agora, à base da canetada, o senador Tião Viana extrapolou todos os limites até aqui imagináveis da arrogância, do autoritarismo, da prepotência, do imperialismo que o PT vem impondo ao Acre e seu povo há alguns anos.
Se já é difícil entender porque o nobre senador resolveu, de forma impositiva, tentar alterar até a geografia do planeta e o relógio biológico da nossa população, sem sequer consultá-la, mais difícil ainda é entender qual motivo o levou a sentar em sua cadeira e ter idéia tão patética, digna de quem sente falta de uma boa trouxa de roupa para lavar. Pura falta do que fazer!
Do lado de cá, assistindo a este espetáculo circense como cidadão, restou a dúvida de quem seria mais digno do título de inútil à coisa pública: quem cria uma coisa dessas ou quem apóia essa criação absurda, prestando-se ao ridículo e pífio papel de defender tal idéia, de tamanha inutilidade? Aliás, neste ponto da reflexão poderíamos dividir o fato em dois pólos opostos. Como coisa simples: trata-se de mera decisão que em nada ajuda na evolução do Acre. Como algo muito complexo: se pensarmos no impacto que isso gerará na rotina das pessoas e, principalmente, das crianças que precisam ir à escola cedo.
Bom, poderíamos até parar a reflexão por aqui, mas um detalhe em meio a tudo isso não poderia passar despercebido, amigo leitor: foi preparada uma grande festa para comemorar um adiantamento de relógio! Não seria mais fácil apenas voltar a aderir ao horário de verão, se uma das desculpas mais usadas para a mudança do fuso foi essa? Agora me responda, leitor: em sã consciência , é normal fazer tamanha apologia a algo tão pequeno, como se fosse a maior conquista dos últimos tempos, e ainda consumir dinheiro público para isso?! É muita vontade de se promover baseado em nada!
Passada toda minha indignação, me surge outro aspecto a analisar e lhe transmitir. Ora, faz algum tempo, o Governo do Acre e seus aliados tentam mostrar para a nossa população que somos quase uma grande metrópole, que em nada ficamos devendo para lugares como São Paulo, Rio de Janeiro e – pasmem! – Amsterdam! Isso mesmo! Já disseram em entrevista na TV que nossas praças lembram a cidade e até outros lugares da Europa!
Até aí tudo bem. Mesmo sendo uma utopia das mais delirantes, não há nada demais em querermos exaltar nossas belezas, valorizar nossos espaços e nosso povo. Nós, acreanos, realmente temos nosso valor. Mas voltando ao assunto do artigo, será mesmo que comemorar mudança de fuso horário com tamanha festa e barulho é coisa de grande cidade, é coisa de metrópole? Não! Isto é sinônimo de pobreza cultural, é um dos maiores sinais de que falta tanto ao nosso Estado, nosso povo, à nossa gente sofrida - mas feliz, graças ao bom Deus -, que somos obrigados a comemorar como se fosse a realização do século idéia uma de tamanha fraqueza!
Para a turma que está aí no comandando e que, como diz o título deste artigo, tem síndrome de metrópole, vale lembrar que gastar tanto com coisa tão minúscula é digno de desprezo, pela pequinês de tal atitude. Ao mesmo tempo, como Estado pequeno, hospitaleiro e que muitas vezes encanta quem nos visita, por que não comemorarmos coisas justas, conquistas realmente importantes e que sejam alavancas rumo à nossa evolução e crescimento, ao invés de irmos a uma praça pular como “porras-loucas”, mostrando que nosso estado vive de “pão e circo”?!
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