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08 janeiro 2009

TIÃO VIANA PODE VIRAR MINISTRO DA SAÚDE

Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano

As negociações em torno da disputa para a presidência do Senado para o biênio 2009-2010 estão longe de chegar ao fim e a busca de um nome de consenso, tanto para a base governista como para a oposição, continuam.

Embora seja o candidato oficial do governo, Tião Viana teria, segundo reportagem de Gerson Camarotti, de O GLOBO, "dificuldades de vencer a disputa no Senado. E o governo não deseja correr riscos". Segundo a matéria "cresce o movimento para que Tião seja recompensado, provavelmente com uma vaga no primeiro escalão do governo - o Ministério da Saúde é o mais citado nessas negociações".

Com isso, crescem as especulações de que o governo optaria pelo apoio ao ex-presidente Sarney (PMDB-AP) para dirigir o senado, evitando uma derrota de Tião Viana, caso ele não consiga articular seu nome como consenso e tenha que enfrentar votação no plenário. Os governistas querem evitar a repetição do episódio que resultou, alguns anos atrás, na eleição de Severino Cavalcante para a presidência da Câmara dos Deputados.

A reportagem de O GLOBO cita que um ministro comentou que Sarney daria estabilidade política e institucional ao governo nesta reta final do mandato de Lula.

O possível anúncio do nome de Sarney como consenso para assumir o Senado só aconteceria na segunda quinzena de janeiro, depois de uma articulação política, onde se prevê, inclusive, uma conversa do possível candidato com o presidente Lula.

Caso isso se concretize, Sarney teria que convencer o atual presidente da casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN), a retirar a sua candidatura. E isso não será difícil considerando que a mesma tem enfrentado resistência mesmo entre oposicionistas e corre o risco de ser contestada na justiça.

Neste contexto, Tião Viana, que não deu mostra de que pretende ceder um milímetro em sua intenção de presidir o Senado, tendo inclusive arregimentado apoio de vários senadores da oposição, teria que ser compensado pelo Governo para se retirar da disputa. Esse tipo de barganha faz parte do jogo político.

Sendo médico e tendo atuação destacada na área, o cargo na Saúde não representaria um desafio maior do que a presidência do Senado para o político acreano.

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