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06 março 2010

ELEIÇÕES 2010 NO ACRE

Vantagens e unidade política

"...o deputado Moises Diniz, no afã de realçar as virtudes da “unidade política” da frente popular e demonstrar a desunião da oposição, se escorou em a dois exemplos que não são verdadeiros. Como fomos abundantemente destratados, e eu sou da oposição, resolvi botar minha colher nessa discussão."

Luiz Calixto
Deputado Estadual (PSL)

Em artigo publicado no blog Ambiente Acreano, o deputado Moises Diniz, no afã de realçar as virtudes da “ unidade política” da frente popular e demonstrar a desunião da oposição, se escorou em a dois exemplos que não são verdadeiros.

Como fomos abundantemente destratados, e eu sou da oposição, resolvi botar minha colher nessa discussão.

O primeira afirmação é um atentado à inteligência de qualquer cidadão que conheça, ainda que minimamente, a política acreana.

A candidatura de Cezar Messias como vice- governador de Binho Marques não é, como quer o deputado comunista, resultado de um ato de desprendimento e grandeza do deputado Edvaldo Magalhães que segundo ele “renunciou de sua pretensão ao posto em nome da unidade da frente popular”.

A informação correta é que Cezar Messias é parte do acerto político e empresarial celebrado entre Jorge Viana e Orleir Cameli.

Em outras palavras: Cezar é a carta de fiança exigida da frente popular pelo ex-governador.

Como num passe de mágica Orleir foi transformado de bandido em herói, e depois da metamorfose os integrantes da frente foram obrigados a beijar-lhe a mão.

Além da tranquilidade de poder ir e vir, a grande família tem mais de 800 milhões em contratos no governo petista.

Dizer que o espírito franciscano de Jorge Viana o fez “optar por ficar sem mandato”, permanecendo até o final seu governo para conduzir a nau petista durante as eleições, é também outra agressão.

Jorge ficou no cargo porque não tinha outra opção.

Até os últimos instantes tentou uma brecha jurídica no STF que permitisse ao seu irmão Tião suceder-lhe e ele fosse o candidato ao senado no lugar dele.

Diante do princípio constitucional e democrático que garante "que irmão não sucede irmão para impedir a formação das familiocracias ”, só lhe restou ficar no cargo e apoiar, usando abusivamente o aparelhamento estatal, a eleição de Binho Marques e a reeleição de Tião Viana.

De mais a mais, é facílimo obter consenso e obediência quando se tem à mão uma caneta pra nomear, demitir e assinar ordens de pagamentos e um monte de interessados nessas beneses.