2015 DEVE SER O ANO MAIS QUENTE DA HISTÓRIA
Evandro Ferreira
Blog Ambiente Acreano
Dados revelados pela Agência Americana de Oceanos e Atmosfera
(NOAA) na segunda-feira (26/10) confirmaram que até o final de setembro o ano
de 2015 tem se revelado como o mais quente da história.
A média da temperatura global observada sobre os oceanos e a superfície
terrestre em setembro (15,9°C) foi a mais elevada para este mês nos 136 anos de
monitoramento de temperatura no planeta.
Setembro de 2015 também se revelou como o quinto mês consecutivo de recorde
mensal de temperatura.
Até o presente, dos nove meses do ano de 2015, em sete (janeiro,
abril, maio, junho, julho, agosto e setembro) a temperatura média mensal foi a mais
alta já registrada na história. Em várias cidades brasileiras os recordes
históricos de calor foram quebrados, entre elas Manaus, Brasília e Belo
Horizonte.
Pesquisadores têm atribuído a sequência de recordes de
temperaturas observadas durante o ano de 2015 ao aquecimento global decorrente
da emissão de gases causadores do efeito estufa. Outro fator que tem
contribuído para as altas temperaturas registradas no ano é a ocorrência do fenômeno
El Niño, cujos efeitos se estenderão até o início do ano de 2016.
Se nenhum evento anormal acontecer até o final do ano, 2015 deverá se constituir no ano mais quente desde que a temperatura do planeta passou a ser monitorada no final do século XIX.
Segundo a NOAA, a temperatura média para o mês de setembro foi 0,9°C acima das médias históricas para este mês registradas durante o século 20. Este valor é relevante tendo em vista que o limite acordado entre as nações do planeta para, teoricamente, se evitar os efeitos desastrosos de mudanças climáticas decorrentes do aumento global da temperatura é de 2°C.
Segundo as previsões de estudos climáticos, se o limite de
incremento de temperatura global superar os 2°C, numerosas ilhas do Oceano
Pacífico desaparecerão, desastres naturais relacionados com o clima se tornarão
mais frequentes e um grande contingente populacional, especialmente em cidades
costeiras, será afetado pela necessidade de deslocamento para áreas não
inundadas.
Figura: NOAA, média anual da temperatura global desde 1880.
Para saber mais: NOAA/Global Analysis - September 2015
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