PARA QUE SERVEM AS PULGAS?
Pulgas têm algum valor para você? Não? A ciência talvez mude essa nossa percepção. Uma nova proteína anticongelante isolada de pulgas comumente encontradas na neve em países de clima frio talvez possa prolongar o prazo de “armazenamento” de órgãos humanos usados em transplantes. A descoberta foi feita por pesquisadores da Queen’s University do Canadá.
As pulgas, que medem cerca de 1mm de comprimento, produzem a proteína durante o inverno para não congelarem enquanto ficam expostas às baixas temperaturas. A proteína funciona inibindo o crescimento de cristais de gelo em temperaturas até 6°C abaixo daquela em que esses cristais normalmente se formam. A autora do trabalho, Dra. Laurie Graham, observou as pulgas na neve enquanto praticava ski cross-country. “Elas pareciam pó de pimenta espalhado sobre a neve”.
Os pesquisadores acreditam que soluções com essas proteínas poderão ser usadas na conservação dos órgãos a serem transplantados porque a estrutura dessa nova proteína se degrada em alta temperatura. Assim, elas poderiam ser eliminadas rapidamente do órgão transplantado, diminuindo muito a possibilidade de formação de anticorpos prejudiciais causadores da rejeição.
Além do uso em humanos, as proteínas têm o potencial de aumentar a resistência das plantas ao congelamento e inibir a cristalização em alimentos congelados.
Artigo original:
Glycine-Rich Antifreeze Proteins from Snow Fleas
Laurie A. Graham and Peter L. Davies.
Science 21 October 2005; 310: 461
As pulgas, que medem cerca de 1mm de comprimento, produzem a proteína durante o inverno para não congelarem enquanto ficam expostas às baixas temperaturas. A proteína funciona inibindo o crescimento de cristais de gelo em temperaturas até 6°C abaixo daquela em que esses cristais normalmente se formam. A autora do trabalho, Dra. Laurie Graham, observou as pulgas na neve enquanto praticava ski cross-country. “Elas pareciam pó de pimenta espalhado sobre a neve”.
Os pesquisadores acreditam que soluções com essas proteínas poderão ser usadas na conservação dos órgãos a serem transplantados porque a estrutura dessa nova proteína se degrada em alta temperatura. Assim, elas poderiam ser eliminadas rapidamente do órgão transplantado, diminuindo muito a possibilidade de formação de anticorpos prejudiciais causadores da rejeição.
Além do uso em humanos, as proteínas têm o potencial de aumentar a resistência das plantas ao congelamento e inibir a cristalização em alimentos congelados.
Artigo original:
Glycine-Rich Antifreeze Proteins from Snow Fleas
Laurie A. Graham and Peter L. Davies.
Science 21 October 2005; 310: 461
1 Comments:
Ichi! Já estou vendo homens-pulga saltando por aí, com a manipulação genética...🤣🤣🤣
Postar um comentário
<< Home