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24 junho 2007

AVALIAÇÃO DO ENSINO DE 1ª A 4ª SÉRIE NO ACRE

Pesquisa do MEC indica que 43,5% das escolas de ensino fundamental de 1ª a 4ª séries do Acre conseguiram igualar ou superar a média nacional. Mais de 68% das escolas são administradas pelo Governo do Estado. Situação das escolas municipais é muito preocupante

Segundo avaliação do MEC divulgada no dia 21/6, de 147 escolas Estaduais, Municipais e Federal (1) avaliadas no Acre, 43,5% conseguiram igualar ou superar a média nacional de 3,8 (em uma escala de 10) (clique na tabela ao lado para ampliar). Destas, pouco mais de 68% são administradas pelo Governo do Estado, uma é mantida pelo Governo Federal (Colégio de Aplicação da UFAC, a melhor escola do Acre) e as demais são escolas de responsabilidade das administrações Municipais.

Escolas estaduais conseguiram melhores resultados

Dentre as 94 escolas estaduais avaliadas, 47,8% conseguiram igualar ou superar á média nacional. Das 52 escolas municipais avaliadas, apenas 34,6% conseguiram igualar ou superar a média nacional. O fato mais preocupante é que dessas 18 escolas municipais, a grande maioria (72%) são de responsabilidade da municipalidade de Rio Branco. As demais são 3 escolas de Cruzeiro do Sul e 2 de Brasiléia.

Isto significa que o ensino fundamental de responsabilidade das administrações municipais foi, de forma esmagadora, reprovado na avaliação do MEC. Dos 22 municípios do Acre, apenas 3 conseguiram apresentar resultados satisfatórios. E mesmo assim há um grande desequilíbrio no resultado pois Rio Branco concentra a grande maioria das escolas bem avaliadas (veja tabela abaixo).

Resultado das escolas municipais: alto grau de "engajamento político" dos trabalhadores em educação e dos administradores

Dá para entender o resultado se considerarmos que quando se lê algo relacionado à educação no interio do Estado na imprensa local é sempre para descrever escândalos e intrigas políticas relacionadas com o principal sindicato ligado ao setor, o Sinteac.
Alguem precisa dizer para os administradores municipais e os sindicalistas que política não alimenta ninguem (fora encher o bolso de alguns). Aliás, a política no Acre parece ser o prato principal em qualquer refeição. Até a eleição para o Sinteac mobilizou a imprensa, com as tradicionais "denúncias" da véspera etc.

Se em lugar de fazer política, os sindicalistas e professores se interessassem em trabalhar para melhorar a educação e pressionar as administrações municipais para fazer o seu papel, talvez o resultado da avaliação do MEC tivesse sido diferente.