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17 março 2008

ANEEL: ELETROBRÁS PAGA MUITO CARO POR COMBUSTÍVEL

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acusa a Eletrobrás de pagar cerca de 30% a mais pelo combustível que recebe da Petrobras Distribuidora (BR) para movimentar suas usinas na região norte. Gasto adicional nos últimos cinco anos pode ter sido de R$ 5 bilhões

A Eletrobrás está pagando caro demais pelo combustível que alimenta as usinas termelétricas que geram energia para a Região Norte. A denúncia é da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que acusa a Eletrobrás de pagar cerca de 30% mais - em relação ao que é cobrado por empresas privadas - pelo combustível que recebe da Petrobras Distribuidora (BR) para movimentar essas usinas.

Pelas contas da Aneel, nos últimos cinco anos, o gasto adicional teria sido de R$ 5 bilhões. Esses recursos, porém, não saem do caixa da Eletrobrás, mas é ela que administra esse dinheiro. São um rateio de toda a sociedade. Como o custo da geração de energia elétrica na Região Norte é muito elevado, a legislação do setor elétrico prevê um subsídio que é bancado por todos os consumidores de energia do país chamado Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), que representa 3,2% do valor da conta.

É com esse dinheiro que é comprado o diesel e o óleo combustível para as usinas. O diretor-geral da Aneel, Jerson Kelman, disse que no dia 27 de fevereiro encaminhou ofício ao Ministério de Minas e Energia para retirar a gestão da CCC da Eletrobrás. Kelman argumenta conflito de interesses, uma vez que a Eletrobrás é a gestora da CCC e também é controladora de diversas outras empresas que geram e distribuem a energia no Norte - as beneficiadas dos recursos da conta.

A Eletrobrás, por sua vez, se defende. Diz, por meio de nota, que só administra os recursos da CCC, mas não é a compradora do combustível. Essa tarefa ficaria a cargo de cada distribuidora de energia. A Aneel rebate e diz que a Eletrobrás emite as ordens de compra em nome das distribuidoras de energia para a BR. A Eletrobrás argumenta ainda que não é possível analisar a questão só sob o ponto de vista do preço: o combustível é "vital para os habitantes da Região Norte" e fundamental para a geração de energia na região, destaca a nota.

Fonte: A Crítica, 17/03/2008
Crédito da imagem: A Crítica
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