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02 abril 2007

POLÍCIA DE TRÂNSITO NO ACRE

O QUE PODE HAVER DE ERRADO QUANDO OS GUARDAS DE TRÂNSITO PASSAM A CUMPRIR SUA REAL FUNÇÃO?

O site Notícias da Hora informa que os Guardas de Trânsito estão dando plantão em pontos estratégicos da cidade nos horários mais críticos: das 6:30h às 08:00h, das 11:30h às 13:00hs e das 16:00hs às 18:00hs. Nada de anormal, muito pelo contrário. Melhor notícia impossível.

Ao mesmo tempo, o autor da matéria afirma, em tom crítico, que ao imobilizar os patrulheiros do trânsito nos sinais, "a Ciatran e o Detran...permite que haja o aumento nas ocorrências de roubo e furto de motocicletas, já que o efetivo para blitz fica prejudicado". Como se as blitzes fossem montadas com tais fins...

Quem dirige em Rio Branco deve estar acostumado a ser parado (durante as blitzes) em pontos estratégicos da cidade: Av. Nações Unidas, Getúlio Vargas, Antônio da Rocha Vianna. Como sabemos, todos essses lugares são considerados altamente suspeitos e se encontram ao lado de bocas de fumos, desmanches etc (ironia...). Dai o articulista do Notícias da Hora achar que nestes lugares as motos roubadas vão ser recuperadas...

Quem deu essa dica "valiosa" para o repórter do Notícias da Hora? Será que foi algum Guarda insatisfeito porque agora tem que ficar o dia todo embaixo de um sinal de trânsito, multando veículos parados em lugares proibidos e outras infrações nas quais não tem contato com os motoristas?

Mais útil seria se a imprensa local investigasse, por exemplo, as razões de uma turma de Guardas de Trânsito ter predileção especial em montar barreira na estrada de Porto Acre, ali pela altura do km 5 km após o Café Contri. Eles costumam ficar por lá entre as 14-15 horas, até a boca da noite. O local é longe de tudo e de todos. Porque em um ponto tão isolado? longe de olhares curiosos?

Fico pensando que seria mais produtivo se eles montassem blitzes na descida da ladeira do Bola Preta, nas quatro bocas, estrada da floresta. Seguramente seria mais produtivo do que montar blitze em um ponto perdido e obscuro da estrada de Porto Acre. Um lugar ermo, onde nem celular funciona. Já fui parado lá algumas vezes. Os Guardas foram bastante rigorosos, mais do que o normal, examinaram até o extintor. Confesso que por lá nunca vi guincho rebocando carro algum. Não sei que milagre acontece por lá, mas o balanço no final da tarde é que todos, motoristas e guardas, saem felizes. Guardas bonzinhos aqueles...

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Leitor identificado como Mancabira perguntou:

Você já pagou propina para algum guarda de trânsito no Acre?
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Minha resposta:

Não. Preferi ter o meu carro rebocado para o pátio do Detran. O IPVA estava vencido fazia alguns dias. O veículo era novo, sem problemas de ordem mecânica, nem mesmo película fumê ilegal ele tinha. Eu fiquei indignado. Não entendia porque ele me parou, enquanto ao nosso lado passavam verdadeiras latas-velhas com pneus carecas, farol queimado etc. A maioria esmagadora dos outros veículos "ilegais" representavam, mais do que o meu, real perigo para os outros motoristas, pedestres e mesmo a segurança pública pois estavam equipados com películas 100% escurecidas. Vai ver o Guarda achou que meu carro era carro de bacana.

Se você acha que as coisas vão bem pelo lado da Ciatran, como explicar a máteria publicada hoje (02/4/2007) no site Ac24horas, que reproduzo abaixo:

Ciatran age com dois pesos e duas medidas

No Instituto São José (Floriano Peixoto), Primeiro Passo (Avenida Ceará) e uma escola infantil em frente ao 7º BEC, todas particulares, é comum a presença ostensiva de dois guardas da Ciatran nos horários de entrada e saída de alunos. Usam apito para parar o trânsito, ajudam os estudantes a cruzar a pista em segurança e até permitem os pais pararem em fila em dupla (atrapalhando todos os demais condutores), para pegar seus filhos na porta dos colégios.

Com exceção da fila dupla em local proibido, os demais procedimentos estão corretos. Os estudantes realmente precisam de proteção contra os maus condutores, pois são os raros os motoristas que respeitam a faixa de pedestre. Ocorre que tal zelo só acontece na porta de escolas particulares onde estudam filhos de ricos.

Na Escola Darcy Vargas (estrada Dias Martins) as crianças são alvos indefesas contra o mesmo tipo de condutor. A diferença é que na Escola Darcy Vargas, é pública onde só pobre estuda, não se vê um único guarda. Logo que a Nova Avenida Ceará foi concluída se percebeu a necessidade de alguém para controlar a ira dos motoristas. O Detran havia disponibilizado alguns estagiários para ajudar as crianças no cruzamento da movimenta pista. Agora são apenas as crianças, os motoristas mal educados e os pais, desesperados temendo pela vida dos seus filhos.

Eu temo pela vida do meu e gostaria que Ciatran e Detran tomassem alguma providência.

Raimundo Firmino, Cidadão acreano