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27 abril 2006

NOVO DIRETOR DO INPA!

INDICADO É FERRENHO DEFENSOR DA AMPLIAÇÃO DE INVESTIMENTOS EM C&T NA AMAZÔNIA.

EXISTE EXPECTATIVA DE QUE O INPA FINALMENTE INTERIORIZE SUAS AÇÕES, ATÉ HOJE CENTRALIZADAS NO ESTADO DO AMAZONAS.

O Dr. Adalberto Luís Val foi nomeado o novo diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). O nome de Val foi indicado por meio do relatório do Comitê de Busca o qual foi entregue ao Ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende. Este comitê de busca é composto por três pesquisadores brasileiros ou estrangeiros (extra-INPA) nomeados pelo Ministério da Ciência e Tecnologia-MCT. A busca pelo nome do Diretor do INPA é feita através de Edital Pública, pelo qual qualquer pesquisador de alto nível pode se candidatar ao cargo. O Comitê de Busca se responsabiliza pela seleção dos candidatos e a posterior indicação dos 3 nomes mais promissores ao Ministro da Ciência e Tecnologia.

Durante consulta realizada pela Associação dos Pesquisadores do Inpa (ASPI) e Associação dos Servidores do Inpa (ASSINPA), o nome do Dr. Adalberto Val também foi um dos mais mencionados. Os outros dois mais citados foram os pesquisadores Wanderli Pedro Tadei e Lúcia Yuyama, que assumem, como diretor substituto e coordenadora de pesquisa, respectivamente.

Biografia:
Adalberto Luis Val, 49 anos, é coordenador do Laboratório de Ecofisiologia e Evolução Molecular do (LEEM/Inpa), onde estuda a respiração e as adaptações dos peixes amazônicos às modificações do meio ambiente. O trabalho é realizado desde 1981 e visa estudar tanto as modificações causadas pelo homem quanto aquelas de origem natural. Ele concluiu o doutorado em 1986 e em 1992 realizou pós-doutorado na Universidade da Columbia Britânica (Canadá).

Sua contribuição científica inclui mais de 80 trabalhos em periódicos nacionais e estrangeiros, além de mais de 20 capítulos de livros e dez livros. Val é atuante como membro de várias sociedades científicas, como, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Sociedade Brasileira de Genética (SBG), Sociedade Brasileira de Fisiologia (SBFis), Sociedade Brasileira de Ictiologia (SBI/Brasil). Também é membro de instituições internacionais como, Sociedade Sul-Americana de Bioquímica e Fisiologia Comparada, American Fisheries Society, British Isles Fisheries Society, Canadian Society of Zoologists, The Society of Experimental Biology (Inglaterra).

O pesquisador já apresentou cerca de 200 comunicações científicas e proferiu 60 palestras no Brasil e em outros países, entre os quais destacam-se: África do Sul, Alemanha, Austrália, Canadá, Escócia, Estônia, EUA, Holanda, Índia, Inglaterra e México. Ele também tem participado de várias comissões de trabalho, como: Comitê Assessor de Ecologia e Limnologia do CNPq (1999-2001), Membro da Comissão de Avaliação (2001-2004) e Representante (2004-2006) da área de Ciências Biológicas I da CAPES.

Também tem atuado na Comissão de Avaliação das condições de oferta dos cursos de Biologia do Ministério da Educação e Cultura – MEC (2001), Comitê de administração do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDS), desde 2002, do Comitê de Consultores do Programa de balsas da Fundação Ford para ações afirmativas em nível de pós-graduação (2001-2003) e do Conselho Nacional de Pesca e Aqüicultura da Presidência da República, CONAPE, desde 2004.

Val é membro do corpo editorial de várias revistas nacionais e estrangeiras, além de atuar como consultor ad-hoc para vários periódicos e agências de fomento. Sua contribuição para formação de recursos humanos para a Amazônia é singular com a orientação de 50 alunos de 50 alunos de Iniciação Científica, 29 dissertações de Mestrado e nove (1 em curso) teses de Doutorado, além de ter recebido diversos colaboradores em nível de pós-doutorado.

No âmbito da SBPC, foi Secretário Regional e Conselheiro, tendo participado das atividades para criação das Fundações de Amparo à Pesquisa nos estados da Região Norte e nos movimentos pela paz mundial. Ele tem participado ativamente do estudo das causas e conseqüências dos desequilíbrios regionais quanto ao desenvolvimento educacional, cientifico e tecnológico.

O nome do pesquisador foi incluído, em 2000, na Inglaterra, na Legião de Honra da American Fisheries Society, Physiology Section por sua contribuição cientifica. Pela sua contribuição científica, em 2002, recebeu a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico, além disso, em 2004, recebeu o "Award of Excellence" da sessão de Fisiologia da American Fisheries Society. Quando foi em 2005 passou a ser membro titular da Academia Brasileira de Ciência (ABC), o título mais importante de sua vida.