UNIVERSIDADE DA FLORESTA FORA DE FOCO
A nota do Ac24Horas sobre o desenvolvimento, por parte da Embrapa-Acre, do projeto "Tecnologias Sustentáveis e Ações de Comunicação Empresarial para o Incremento da Produção Familiar na Regional Juruá", é mais uma indicação que o nível de articulação com a sociedade e outras instituições de pesquisa por parte dos atuais "condutores" da Universidade da Floresta em Cruzeiro do Sul é mais que insuficiente. Como havíamos comentado anteriormente, o espírito de corpo acadêmico está dominando corações e mentes por lá.
Não foi isso que ficou acertado quando a Universidade da Floresta foi pensada e discutida com a sociedade e outras instituições de pesquisa que atuavam no vale do Juruá. A idéia era outra. A nova Universidade deveria assumir a liderança e articular ações de pesquisa e extensão em conjunto com as demais instituições e a sociedade local. Para isso ela se valeria do Instituto da Biodiversidade (IB), mais voltado para a pesquisa, e do Centro de Formação e Tecnologia da Floresta (Ceflora), voltado para a capacitação e extensão.
O Ceflora, que ficou sob a responsabilidade da Secretaria de Educação do Governo do Estado, está de vento em popa. O Instituto da biodiversidade, de concepção mais complexa, ainda está em formação. É importante esclarecer que pelo que ficou acertado (participamos da comissão de criação da Universidade da Floresta), ele deverá dar assento, voz e voto aos parceiros e a sociedade local para que as ações de pesquisa e extensão da nova universidade atendam a expectativa de todos. Vamos ver.
Enquanto o Instituto da Biodiversidade não se estrutura, grupos acadêmicos locais e da sede, "encantados" com a oportunidade que a nova instituição representa em termos de facilidades de atração de recursos financeiros para pesquisa, estão, como se costuma comentar no meio acadêmico, "criando seus feudos". Nada contra pesquisadores e professores buscarem recursos para trabalhar e se agrupar por interesses acadêmicos e políticos. O que se lamenta é que agindo desta forma, estes grupos se isolam, alijam parceiros e, pior, a sociedade.
É preciso insisitir: a Universidade da Floresta não é apenas mais um campus meramente acadêmico. Parceiros e sociedade são partes indispensáveis para o sucesso da mesma. Quando os grupos acadêmicos que estão tomando de conta da universidade da floresta acordarem para o equívoco que estão cometendo poderá ser tarde demais.
Vamos esperar que a administração superior da UFAC intervenha em breve para que a Universidade da Floresta não perca sua essência original.
2 Comments:
A UFAC de Cruzeiro do Sul tem um diretor que é contra a UNIFLORA, e agora? A Universidade da Floresta acabou mesmo?
Caro Anonimo,
Você pode usar o seu anonimato para denunciar os equivocos dos atuais diretores da Universidade da Floresta.
Nunca esqueça: eles só estão hoje ai porque a Universidade da Floresta foi criada. Sem ela eles não teriam a chance de ocupar os postos que ocupam, inclusive de Diretores. Sem querer ofender: em terra de cegos, quem tem olho é rei!
Portanto, esses Diretores, embora não queiram, têm que trabalhar para que a Uniflora atinja os seus objetivos originais.
Como deixei claro no meu texto, os 'feudos' acadêmicos estão lentamente permeando e dominando a Uniflora. Se nada for feito (e parece que não tem sido), em breve ela se resumirá a isso: feudo acadêmico do professor beltrano, do professor cicrano etc. Como em outras universidades públicas brasileiras.
Vocês que estão ai, têm todo o direito de impedir que isso ocorra. Se possível, recorram aos políticos que viabilizaram a criação da mesma.
Não deixem que uma universidade que foi pensada para atender a muitos, servir para satisferar os objetivos pessoais de alguns individuos ou grupos acadêmicos isolados.
Façam alguma coisa!
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